Fp 2.14-16
Pense em quantos dos
seus relacionamentos incluem algum grau de dor e decepção! De uma olhada em sua própria família. O que
faz da Bíblia um livro tão convincente é que ela entende isso. O drama das
Escrituras é o nosso drama. Toda a nossa história é repleta de momentos de
arrependimento. Há tempos que gostaríamos de anular as palavras que dissemos.
Há tempo que gostaríamos de voltar no tempo e desfazer as decisões que tomamos.
Há tempos em que a paixão venceu sobre os princípios. Aprendemos ao longo do caminho e erramos, às
vezes acertamos. Às vezes, nos irritamos ferozmente com uma pessoa que amamos
profundamente. Há tempo de alegria, de
tristeza, de gratidão, de ansiedade.
Portanto, é
surpreendente que consigamos encontrar momentos em que tudo dá certo. O que
mais surpreende em nosso mundo não é o tamanho do dano que nele há, mas a
presença de qualquer coisa boa. O fato
de relacionamentos permanecerem intactos e até durarem anos é um sinal de que a
bondade de Deus ainda resiste ao mundo.
Esperança
em meio ás ruínas.
Porque as pessoas
experimentam alegria em seus relacionamentos?
Por causa da presença
de Deus. Sendo assim, conflitos podem
ser resolvidos, uma conversa difícil acaba dando frutos positivos, as pessoas
nos ajudam, recebemos perdão, amor verdadeiro é expresso e compartilhado, conseguimos
ter profundas amizades, as pessoa ignoram as nossa fraquezas e aplaudem nossas
forças, as pessoas conseguem ser honestas sem ser rudes.
Os Salmos são um bom
retrato disso, eles expressam fragilidade e o sofrimento da vida nos gritos de
pessoas que anseiam por algo que é verdadeiramente melhor. Mas eles apresentam
também louvor que subsiste em situações cheias de medo, dor, mágoa e decepção.
O louvor nunca ignora essas experiências.
Exemplo Salmo 57
O salmista não recua
diante das dificuldades da vida, mas também não evita falar delas. Ele reconhece a realidade do desastre e mesmo
assim clama por Deus em meio a ele. Esse Salmo é uma adoração marcada pela dor.
O
que isso tem a ver com evangelismo?
Deveriamos ser uma
comunidade graciosa que relaciona bem e ajuda o mundo caído a nossa volta a se
relacionar. Deveriamos ser uma comunidade revolucionária, que combate o mal.
Quais são as nossas armas? Humildade, sinceridade, esperança, graça e coragem. Uma
comunidade que se aproxima do não crente e o convida para fazer parte do seu
mundo.
Somos o povo do livro,
o povo do reino de Deus.
Martyn Lloyd Jones:
“Não se deixem rebaixar sendo embaixadores da rainha da Inglaterra, continuem
sendo embaixadores do Rei dos Reis.”
A revolução do reino de
Deus não é barulhenta nem explosiva. É uma revolução silenciosa, feita por
servos humildes, que, muitas vezes, passam desapercebidos. Basta lembrar do nosso rei.
Como é que Jesus entrou
na história da humanidade?
Ele veio como nenê,
nascido em pobreza no meio de um povo oprimido. Ele pregou uma mensagem de esperança
que se disseminou por meio da silenciosa, porém poderosa demonstração do amor
de Deus mediante seu sofrimento, sua morte e ressurreição. Onde esse Rei estiver presente, essas mesmas
virtudes surpreendentes também estarão. São essas as virtudes que conquistarão
o coração do incrédulo.
A maioria das pessoas
experimentam sentimentos de medo e desesperança. O que nós temos para
apresentar? O evangelho que fala de poder, de esperança e da realidade do rei
Jesus.
Lc 17.20-21
Numa conversa com os
fariseus, Jesus apontou sua compreensão falsa do reino de Deus. Eles imaginavam
um sistema de regras políticas dentro do qual eles fariam parte da classe
poderosa. Jesus lhes ensina que o seu reino não é um sistema, mas a
demonstração palpável da presença do Rei.
Os fariseus estavam
esperando um reino terrestre e político e, por isso, sua expectativa com
relação a sua vinda estava voltada para o futuro. Tinha uma noção errada sobre a forma visível
que o reino se apresentaria.
Jesus não quer dizer
que o reino é apenas uma realidade interna, o que ele está dizendo é que o
reino está bem ai para que eles vejam e eles não veem. O que ele esta dizendo era que porque o Rei
já esta aqui, há sinais visíveis do seu reinado. Quais são os sinais?
Uma realidade interna
da graça que se expressa por meio de mudanças visíveis em indivíduos e seus
relacionamentos. Quais são? Humildade,
sacrifício, alegria e paciência, além de muitas outras qualidades. O impacto
dessa revolução se estenderá a sistemas e instituições, mas não é onde ela
começa. Ela é iniciada no coração das pessoas e seus efeitos ondulatórios
alcançam os mais remotos aspectos do pecado. Os fariseus não enxergavam que
estavam olhando para o próprio Rei.
O
que o reino de Deus tem a ver com você e com a evangelização?
Tudo! Se você estiver
vivenciando humildade, perdão, paciência ou conflitos sagrados, está
vivenciando a obra do Rei que está construindo o seu reino. Isso significa que os relacionamentos são um
lugar onde o reino já chegou, e seu propósito é atrair outras pessoas ao Rei.
Além disso, sempre que você falar de mudanças em seu vida e relacionamentos,
não estará chamando a atenção para a sua sabedoria, sua esperteza relacional ou
seus dons pessoais, estará chamando a atenção para Jesus, seu rei. As pessoas
que acolhemos em nosso meio verão a obra do reino, mas não necessariamente o
Rei. É nossa responsabilidade e privilégio aponta-las para ele.
Como
tornar o reino visível.
A Bíblia fala do reino
de Deus de muitas formas, mas Jesus usa duas metáforas que falam
especificamente da sua natureza visível.
Mt 5.13-16
1
– Ser o Sal: sair para o mundo.
A imagem do sal desafia
o isolacionismo porque o sal só é suficiente como retardador da decomposição
quando se encontra em contato próximo com a substancia a decompor. Esse é um
chamado incomodo porque nos afasta do conforto dos relacionamentos que já foram
transformados pelo Rei. É, porém, quando vivemos entre pessoas danificadas que
cumprimos o nosso chamado. O chamado do reino é um chamado para dentro do
mundo, nunca para fora dele.
Jo 17.15: “Não peço que
os tires do mundo, e sim que os guardes do mal”.
Devemos estar no mundo,
não devemos, porém, ser dele. Muitas vezes encaramos o nosso papel como sal em
termos negativos. Simplesmente denunciamos as coisas ruins da cultura e
assumimos uma posição contrária a elas.
A imagem do sal também
ressalta a importância do nosso caráter. O Sal só é realmente efetivo se for
salgado! Somos chamados para ser pessoas de caráter forte para que ele possa
exercer influencia em outros quando entramos em contato com o mundo. E nisto, as qualidades mais importantes são a
humildade e compaixão. O que dizemos é
importante, mas a forma como dizemos também é. O que você representa é
importante, mas o que você é enquanto representa também é. Se você é realmente salgado, Deus quer que
você aplique este sal a relacionamentos em decomposição.
Oportunidades de
ministério:
1 – Uma família na
vizinhança que está enfrentando dificuldades.
2 – Há algum pai ou mãe
solteira na escola de seu filho?
3 – Há alguém na igreja
que esteja sozinho ou desanimado?
4 – Há alguma
adolescente que precisa de um referencial de família?
5 – Há relacionamentos
que você pode investir por meio de alguma atividade extracurricular de seu
filho?
6 – Quais as
necessidade de ajuda social em sua comunidade?
7 – Deus colocou alguma
pessoa idosa em sua vida que precisa de companhia?
8 – Como você pode
fazer parte da vida das pessoas mais pobres da sua comunidade?
Com certeza, você não
foi chamado para fazer todas essas coisas, pois Deus colocou outras
responsabilidades em sua vida, mas Deus te chamou para ser sal. Para ser sal
você precisa confiar naquele Deus que veio ao mundo para redimi-lo. Devemos ser
sábios, mas não devemos ter medo do mundo em que Deus nos colocou. Sim, haverá confusão. Mas se você for humilde
e reconhecer a confusão do pecado em sua própria vida, e mesmo assim mantiver a sua confiança na sua
transformação pela graça de Deus, você terá medo de se aproximar de outros
pecadores, mas Deus usará a confusão que você encontrará em outros para
incentivar o seu crescimento no Evangelho.
Ser
luz: acolher em seu meio.
Ser luz inclui receber
pessoas em seu meio para que elas possam ver que o reino já chegou. Você acolhe outras pessoas para que elas
possam ver o impacto que o reino teve em seus relacionamentos. Os nossos relacionamentos devem ser faróis em
um mundo escuro, e somos chamados para acolher as pessoas nessa luz.
Fp 2.14-16
Ef 5.11,15 – Paulo nos
chama para “reprovarmos” as “obras infrutíferas das trevas”. A Palavra que
Paulo usa para “reprovar” as trevas significa que devemos convencer as pessoas
de que o Evangelho é verdadeiro porque nossa vida é testemunho convincente de
que Deus veio para os pecadores. As
nossas vidas e relacionamentos devem ser mais convincentes do que os prazeres
passageiros do pecado.
Oportunidades para ser
luz:
1 – Seu filho tem um
amigo que necessita morar com vocês durante algum tempo?
2 – Você tem um colega
de trabalho que possa convidar para um jantar ou uma ida ao cinema com seus
amigos?
3 – Você conhece uma pessoa
idosa que poderia passar as férias com vocês?
4 – Alguém que não
consegue andar sozinho e que precisa de ajuda para continuar a vida?
5 – Existe uma outra
família que adoraria passar um tempo com a sua família?
6 – Você conhece um
casal mais jovem que poderia ser aconselhado por um casal mais velho?
7 – Se você for
solteiro você pode oferecer ajuda a uma família com filhos que precisa da sua
ajuda.
Ministério
e adoração
Mt
25.34-40
Todas as vezes que você
ajudar alguém não estará servindo apenas a esta pessoa, estará servindo ao rei
e isto é adoração. Gratidão a Cristo
sempre resulta em compartilhar as nossas bênçãos a outros.
Se somos gratos porque
Deus nos alcançou, alcançaremos outros.
A gratidão pela
disposição de Cristo em mergulhar na confusão dos nossos pecados, nos leva a
mergulhar nos pecados dos outros.
A adoração reconhece
que nossos bons relacionamentos não pertencem a nós e sim a Cristo, portanto,
não podemos guarda-lo para nós mesmos, mas devemos compartilhá-lo com outros.
Como respondemos as pessoas sempre é um reflexo de como respondemos a Cristo.
Nossa adoração sempre estará sendo expressas na forma como tratamos as pessoas.
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