1
Tm 4.1
Precisamos de
avivamento! Precisamos de um despertamento. No entanto, não podemos
simplesmente ficar sentados e esperar que o Espírito Santo venha e arrume toda
a bagunça que temos feito. Temos instruções claras da Palavra de Deus sobre o que ele fez por meio de Cristo, como
ele espera que vivamos, como espera que organizemos a igreja.
Quando examinamos o AT,
vemos que Moísés recebeu uma explicação detalhada de como construir o
Tabernáculo. Isso nos mostra que Deus é específico em sua vontade, e não
devemos imaginar que podemos pegar o menor detalhe e ignorá-lo.
Portanto, vamos às três
primeiras acusações:
1
– Uma negação da suficiência da Escritura.
1
Tm 3.15-17
Um erro que afeta
muitas igrejas em nossos dias: uma negação prática da suficiência da
Escritura. Em geral, não se questiona se
a Bíblia é inspirada ou inerrante. Mas se ela é suficiente ou se temos de
introduzir todas as supostas ciências sociais e estudo cultural para sabermos
como conduzir uma igreja! Hoje em dia, as ciências sociais tem tomado
precedência sobre a Palavra de Deus, de tal modo que a maioria de nós não pode
nem mesmo perceber isso. Psicologia, antropologia e sociologia se tornaram
influências primarias nas igrejas.
Porque a evangelização,
missões e o “chamado crescimento de igreja” são mais moldados pela
antropologia, sociologia e economia do que pela Palavra de Deus.
Porque o aconselhamento
é mais baseado na Psicologia do que na Palavra de Deus. Essas áreas na igreja e
tudo que fazemos devem fluir do teólogo e do exegeta – o homem que abre a sua
Bíblia e tem uma única pergunta: ó Deus, qual é a tua vontade? Não devemos perguntar
a ímpios como a igreja deve funcionar, o maior interessado no bem estar da
igreja é Deus. Se nós queremos ser agradáveis a alguém, se queremos nos
acomodar a alguém, devemos nos acomodar à glória de Deus, ainda que sejamos
rejeitados pelos demais. Não somos chamados a construir impérios. Somos
chamados a glorificar a Deus. E se quisermos ser diferentes temos que querer o
que Deus quer.
Tt 2.1; 1 Pe 2.9
Is 8.19-20
2
– Uma ignorância a respeito de Deus.
At
17.30
Quando a igreja fala
sobre Deus ela não pode se esquecer de todos os seus atributos. Devemos falar
sobre a justiça de Deus, sobre a soberania, mas também sobre a ira, a
supremacia e a glória de Deus. Muitas vezes nós adoramos a um Deus criado pela
nossa própria imaginação.
Jr 9.23-24, Sl 50.21-22
Você sabe porque todas
as livrarias evangélicas estão cheiras de livros de auto-ajuda ou livros que
falam de cinco maneiras de fazer isso ou aquilo, seis maneiras de ser piedoso e
dez maneiras de não fracassar? Porque as pessoa não conhecem a Deus. Por isso,
procuram técnicas humanas para viverem.
1 Co 15.34
Qual foi a última vez
que você assistiu a uma conferência sobre atributos de Deus? A vida eterna não
começa quando você morre, mas quando você é convertido. E a vida eterna é
conhecer a Deus. Portanto, comece a conhecer Deus agora. Ele de revela na
Bíblia, estude-as para conhecer a Deus.
Muitas vezes o culto
dominical se torna idólatra porque parte das pessoas não está adorando o Deus
única e verdadeiro, mas sim um Deus que
formaram em seus próprios corações, um Deus que parece mais com Papai Noel do
que com Jeová. Sem conhecimento de Deus
não há temor do Senhor.
O que é temer ao
Senhor?
Não é somente medo, mas
inclui o medo. Porque? Porque somos pessoas impuras, e compareceremos diante do
todo-poderoso Deus que é moralmente puro.
Nós nos sentimos envergonhados, e com razão diante dEle, e o castigo
seria totalmente justo. O pavor é a nossa reação natural e correta.
Ninguém está excluído
desse medo, crentes e incrédulos. Para os crentes esse medo vai diminuindo,
para os incrédulos ele é sempre crescente, para muitas pessoas ele é
demonstrado por meio de uma ansiedade descontrolada, baixa auto-estima e várias
outras enfermidades modernas. Porque está chegando o dia em que todos vão se
curvar diante de Deus.
Mas para o crente o
temor significa uma submissão reverente que conduz à obediência (adoração).A
consciência do próprio pecado e do merecimento da ira de Deus misturada ao
entendimento do perdão , misericórdia e amor a Deus nos levam a um
temor-adoração. Isso nos coduz a Deus mais do que nos faz fugir Dele.
1 Jo 4.18
O povo de Deus não é
mais guiado pelo temor-medo, mas o temor-adoração que é motivado pelo amor e
honra devidos a Deus. Esses dois temores
deixam bem claro que o Santo de Israel reina sobre todas as coisas.
O que significa santo?
Separado, colocado de
lado, diferente, não contaminado. Isso
significa que Deus é diferente de nós, ele não pode ser comparado com ninguém
mais. O seu caráter é inigualável. Santidade é a essência de Deus. Ele tem uma
sabedoria santa, uma majestade santo, um amor santo.
Is 40.25, Sl 77.13, Os
11.9, Is 57.15
Mas esse Deus santo se
aproxima da sua criação.
Lv 26.12, Hb 13.5, Jo
15.14, Cl 1.27
O que se opõe ao temor
ao Senhor?
O nosso coração
pecaminoso, e ele é influenciado pelo mundo e pelo Diabo. O nosso coração tem
milhares de estratégias para evitar o temor o Senhor.
1 – Viver uma religião
de aparências: Nos enquadramos em certos comportamentos, quando isso ocorre nos
esquecemos das intenções do coração e
nos sentimos bons, pois não somos adúlteros, não matamos, não roubamos, etc.
Nos achamos relativamente bons, por isso, Deus se torna irrelevante. Eu me
sinto independente de Deus, nesse caso o temor de Deus se torna
irrelevante. Muitas vezes o pecado vem
montado em coisas boa, o trabalho, dinheiro,
O mundo pega essas
tendências e as racionaliza. O mundo nos faz lembrar que, sejam quais forem os
nossos pecados ou fraquezas, nós somos apenas seres humanos. Todos os outros estão fazendo a mesma coisa. O certo e
o errado são determinados pelo voto popular.
O mundo sugere que Deus
é real, mas distante. Ele deu início a todas as coisas, mas está sentado,
deixando as coisas acontecerem.
O Diabo coloca qualquer
coisa que possa exaltar o verdadeiro
Deus. Sempre que tememos alguma coisa Satanás está minimizando o nosso
pecado, sugere que Deus está distante e que não podemos confiar de fato na
Palavra de Deus. Na verdade, ele sugere que Deus está nos segurando, nos
afastando das coisas boas.
Com esses adversários
crescer no temor do Senhor não é fácil, é um caminho de lutas. Devemos odiar a
nossa própria natureza pecaminosa, odiar a Satanás, e o mundo. Por isso precisamos de recursos poderosos: a
palavra, o Espírito e o corpo de Cristo.
2
– Um fracasso em abordar o mal do homem.
Rm
3.10-12
Os três primeiros
capítulos da carta aos Romanos Paulo trata de deixar claro que todos os homens
estão sob condenação. E o entendimento
de que estamos sob condenação é o meido que Deus usa para nos mostrar o
evangelho de salvação. A evangelização deve trazer os homens a um conhecimento
de si mesmos, antes de se renderem a Deus. Os homens estão caídos de tal
maneira que temos de remover deles toda esperança na carne, antes de serem
trazidos a Deus.
Quando tratamos o
pecado de maneira superficial lutamos contra o Espírito Santo.
Jo 16.8
Há muitos pregadores
que estão mais preocupados em dar as pessoas o melhor da vida agora do que
preocupados com a eternidade. Por isso, não mencionam o pecado em suas pregações. O ministério fundamental do
Espírito Santo é vir e convencer o mundo do pecado.
Somos enganadores quando lidamos levianamente
com o mal do homem, como os pastores nos dias de Jesus.
Jr 6.14
Quando fazemos isso
também somos imorais. Como um médico
que nega o seu juramento porque não quer dar a ninguém as más notícias pois
acha que a pessoa ficará irada com ele ou ficará triste. Por isso, ele não
conta às pessoas as notícias mais necessárias para salvar a sua vida. Alguns
pastores afirmam que as pessoas não podem suportar o que pregamos. Ninguém
jamais foi capaz de suportar a pregação do evangelho. Ou as pessoas se voltarão
contra o evangelho com fúria de um animal, ou serão convertidas. Nosso mundo
está tomado por essa moléstia chamada auto-estima. Nosso grande problem é que
estimamos o “eu” mais do que estimamos a Deus.
Mas também somos ladrões quando não falamos muito sobre
pecado. Quando nos recusamos a ensinar sobre a depravação total dos homens, é
impossível que glorifiquemos a Deus, a Cristo a cruz – porque a cruz de Cristo
e são glória são mais exaltadas quando colocadas diante do pano de fundo de
nossa depravação.
Ef
Sem os homens
conhecerem a sua própria impiedade eles não podem conhecer o amor de Deus.
Quando não falamos sobre o pecado roubamos do homem a oportunidade de
gloriarem-se não em si mesmos mas no Senhor.
2 Co 10.17
Hoje em dia vivemos às
voltas com o conceito de auto-estima. O que seus defensores defendem?
Que não há pessoas
ruins, apenas pessoas que têm uma visão ruim de si mesmas. Para eles, as
pessoas que se sentem bem consigo mesmas, haverão de se comportar melhor, terão
menos problemas emocionais e realizarão mais.
Portanto, para eles, elevar a auto-estima das pessoas é a solução para
qualquer mal que incomoda.
Ilustração:
Um estudo recente, um
teste de matemática padronizado foi dado a estudantes de países diferentes.
Além das questões de matemática o teste pedia que os alunos respondessem à
seguinte pergunta: “Sou bom em matemática”?
Os alunos americanos ficaram atrás, no teste, dos alunos coreanos. No
entanto, mais de ¾ dos alunos coreanos responderam não à pergunta, já os
americanos 68% deles disseram que eram bons em matemática (MacArthur, 124).
Pesquisas afirma que a
sociedade mundial atingiu o nível moral mais baixo da história. Mas os
norte-americanos, por exemplo, nunca se sentiram tão bem com eles mesmos. Em
1940,11% das mulheres e 20% dos homens afirmaram em uma pesquisa que se sentiam
pessoas importantes, já na década de 90 esse grupo aumentou para 66% entre as
mulheres e 62% entre os homens. Parece que todo pensamento positivo sobre nós
mesmos parece não estar conseguindo elevar a cultura ou motivar as pessoas a
terem uma vida melhor.
E a pergunta que temos
que nos fazer é: será que o problema das pessoas hoje é a baixo auto-estima?
Precisamos pensar
seriamente se fazer com que o ser humano se sinta melhor acerca de si mesmo
tem, de fato, ajudado a diminuir os problemas ligados à criminalidade,
decadência moral, divórcio, abuso infantil, delinquência juvenil, dependência
de drogas, e todos os outros males que vêm afundando a sociedade.
Um artigo da revista
Newsweek sugeriu que a defesa da auto-estima é uma questão mais ligada à fé do
que à pedagogia científica – fé que pensamentos positivos são capazes de tornar
manifesta a bondade inerente em qualquer um.
A doutrina da
auto-estima baseia-se na crença de que as pessoas são basicamente boas e
precisam reconhecer a sua própria bondade.
E
a Igreja, como tem lidado com esse pensamento?
A igreja não fez uma
leitura bíblica deste pensamento e o integrou às suas práticas. Mas na verdade a doutrina da auto-estima é o
fruto do casamento entre o liberalismo teológico e a neo-ortodoxia.
Atualmente, grande
parte dos livros evangélicos mais vendidos promovem a auto-estima e o
pensamento positivo. À medida que os
evangélicos tornam-se cada vez mais receptivos ao aconselhamento psicológico,
ficam mais vulneráveis aos perigos propostos pelos ensinamentos da auto-estima.
Cristãos influenciados
pela doutrina da auto-estima dificilmente se encontram em posição para lidar
com transgressões como o pecado contra Deus ou para informar as pessoas já
influenciadas por esse pensamento de que elas são, na verdade, pecadores
carentes de salvação espiritual.
Perguntas que um
conselheiro bíblico deve se fazer antes de começar um aconselhamento: será que
Deus realmente deseja que todas as pessoas sintam-se bem acerca de si mesmas?
Ou será que Ele primeiro convoca os pecadores a reconhecerem seu estado próprio
de extrema incapacidade?
Vamos, então, à
doutrina que questiona esse pensamento: a
doutrina da depravação total.
1
– Entendendo a doutrina da depravação total.
O
que é depravação total?
As Escrituras ensinam
que toda a humanidade está totalmente depravada.
Ef 2.1-3, 12
Nessas passagens Paulo
descreve o estado dos incrédulos que estão separados de Deus. Eles odeiam a Deus.
Rm 3.18; 5.8,10; 7.5
Cl 1.21
Fomos corrompidos pelo
pecado em todo o nosso ser. Éramos corruptos, perversos, completamente
pecaminosos.
Isso não significa que
os descrentes são sempre tão ruins quanto poderiam ser (Lc 6.33; Rm 2.14). Nem
sempre a depravação total é vivida em sua plenitude. Muitos descrentes são
capazes de atos de bondade, benevolência, boa vontade, ou altruísmo. E também conseguem apreciar a bondade, a
beleza, a honestidade, a decência ou a excelência. No entanto, nada disso
possui qualquer mérito diante de Deus.
Depravado também
significa que o mal contaminou cada aspecto da nossa humanidade – nosso coração
e corpo (Jr 17.9; Jo 8.44). Pecadores não redimidos são incapazes de fazer
qualquer coisa para agradar a Deus (Is 64.6). São incapazes de amar
genuinamente a Deus, obedecer de coração, com motivações corretas, de entender
as verdades espirituais, de ter uma fé genuína, de agradar a Deus ou busca-lo
verdadeiramente (Hb 11.1).
Depravação
total significa que os pecadores não têm capacidade de fazer o bem espiritual
ou de fazer algo em prol de sua própria salvação quanto ao pecado.
1 Co 2.14
Como
toda a humanidade foi contaminada por ela?
Por causa do pecado de
Adão esse estado de morte espiritual passou a toda a humanidade (pecado original).
Rm 5.12-19; 1 Co 15.22
Portanto, já nascemos
com uma natureza depravada e pecadora. Pecamos porque somos pecadores.
Mc 7.21-23; Ef 2.3
Lloyd Jones afirma:
“Porque
o homem sempre escolhe pecar? A resposta é que o homem se afastou de Deus, e em
decorrência disso, sua natureza se tornou totalmente pervertida e pecaminosa.
Toda inclinação do homem vai no rumo oposto ao de Deus. Por natureza, ele odeia
a Deus e sente que Deus se opõe a ele. Seu deus é ele mesmo, suas próprias
habilidades e poderes, seus próprios desejos. Ele se opõe a todo conceito de
Deus e às exigências que Deus faz a ele... Além disso, o homem gosta e cobiça
as coisas que Deus proíbe, e desaprova as coisas e o tipo de vida que Deus o
convoca a ter. Não existem afirmações simplesmente dogmáticas. Elas são
fatos... Elas por si só explicam a desordem moral e a feiura que tão bem
caracteriza a vida nos dias de hoje.”
A salvação do pecado
original vem somente por intermédio da cruz de Cristo.
Rm 5.19
Nascemos no pecado (Sl
51.5) e se desejarmos nos tornar filhos de Deus e entrar em seu reino,
precisamos nascer novamente pelo Espírito de Deus (Jo 3.3-8).
Sendo assim, a doutrina
da depravação total se choca diretamente com a doutrina da auto-estima, não há
como conciliar a duas. Pois para a doutrina da auto-estima homens e mulheres
são bons. Mas, exatamente o oposto é verdadeiro. Todos somos inimigos de Deus
por natureza, pecadores, amantes de nós mesmos, e escravos do nosso próprio
pecado. Estamos cegos, surdos e mortos para questões espirituais. Somos
orgulhosos. Essa é a nossa autoimagem
adequada.
É por isso que Jesus
elogiou o publicano ao invés de reprova-lo por sua “baixo auto-estima” (Lc
18.13,14). O homem finalmente chegou ao ponto de enxergar exatamente o que era.
Todos
pecaram e carecem da glória de Deus.
Quando alguém vem para
um aconselhamento, geralmente, ele sabe que há algo profundamente errado com
ele, sua consciência o confronta com a sua pecaminosidade. Por mais que tentem
prejudicar os outros, ou procurem ajuda psicológica, não podem fugir da
realidade. Não podem negar a própria consciência.
Sentem culpa porque são
culpados. Somente a cruz de Cristo pode acabar com essa vergonha pelo pecado. A
auto-estima pode mascarar esse sentimento, varrendo a sujeira para debaixo do
tapete, buscar outros relacionamentos ou culpar outros pode até dar um certo
alívio, mas isso é superficial.
A verdadeira culpa tem
somente uma causa: o pecado. Até que o
pecado seja tratado a consciência o acusará. E foi o pecado e não a baixo
auto-estima que Cristo veio derrotar. Paulo deixa claro isso no livro de
Romanos: em Rm 1.18-32 ele demonstra a culpa dos gentios, em Rm 2.1-16 ele
demonstra a culpa dos moralistas que violam o mesmo padrão que pelo qual ele
julga os outros. Em Rm 2.17-3.8 estabelece a culpa dos judeus. Conclusão, todos
pecara, ninguém tem vantagem alguma (Rm 3.9).
Essa doutrina é
assustadora e inacreditável para os que se encontram mimados pela doutrina da
auto-estima.
A
prova.
Paulo continua nos
provando a doutrina, destacando a universalidade do pecado. Rm 3.10-17
O argumento de Paulo é
construído em três partes:
1) O
pecado corrompe o caráter (Rm 3.10-12). Ele faz seis acusações: o ser humano é
mau, espiritualmente ignorante, rebelde, obstinado, espiritualmente imprestável
e moralmente corrupto. Portanto, o ensinamento da auto-estima é a expressão
máxima de orgulho. Fazer um selvagem sentir-se bem acerca de si mesmo apenas
aumenta sua periculosidade. Como alguém pode se sentir bem acerca de si mesmo,
quando o próprio Deus o declara digno de ira? Qual é a grande necessidade das
pessoas? Não é a auto-estima ou o pensamento positivo, mas a redenção de seu
pecado orgulhoso.
2) O
Pecado corrompe a nossa fala (Rm 3.13,14). A fala perversa, uma expressão da
impiedade do coração, corrompe a pessoa por completo (Mt 15.11).
3) O
pecado corrompe a conduta (Rm 3.15-17). Os pecadores são naturalmente atraídos
para o ódio e para seu fruto de sangue. O problema do homem não é a baixo
auto-estima, mas o orgulho que nos conduz ao pecado, incluindo ódio,
hostilidade e os homicídios. O amor pelo derramamento de sangue invade e domina
o coração da humanidade pecaminosa. Remova as restrições morais da sociedade, e
o resultado inevitável será o aumento dos homicídios e violência – não importa
quão bem as pessoas se sintam a respeito de si mesmas.
Não ouvimos muito
acerca de temer a Deus nos dias atuais. Até mesmo muitos cristãos parecem
sentir que a linguagem do temor é de alguma forma muito áspera ou muito negativa.
Quão mais fácil é falar do amor de Deus e de Sua infinita misericórdia. Mas
longanimidade, bondade e tais atributos são exaltados no meio cristão hoje.
Isso faz com que a maioria das pessoas não pensam em Deus como alguém a ser
temido. Não percebem que ele odeia o orgulho e pune os malfeitores. São
presunçosos em relação à graça de Deus. Temem mais o que as pessoa pensam do
que com o que Deus pensa.
Encorajar o temor do
Senhor elimina a doutrina da auto-estima. Como é que podemos encorajar o temor
do Senhor e a o mesmo tempo incentiva as pessoas que se amem mais.
O
Veredicto.
Rm 3.19
Tanto judeus que tinham
a lei escrita de Deus, quanto gentios que tinha a lei na consciência (Rm
2.11-15) são culpados. Não há defesa. A humanidade não redimida é culpada.
A auto-estima não é a
solução para a depravação humana. Ela só a agrava! Os problemas da nossa
cultura – angústia, medo, ansiedade – não serão resolvidos por meio do engano
de fazer com que as pessoas se sintam melhores acerca de si mesmas, ou se amem
mais. As pessoas são de fato pecaminosas, no mais íntimo do seu ser. A culpa e
a vergonha que sentimos como pecadores é legítima, natural e até boa. Ela nos
leva a conhecermos mais a nossa própria pecaminosidade e o Senhor que a redime.
Consequências
das crenças na doutrina da auto-estima.
1
– A atribuição do mal a causas externas. Para muitos, já que as
pessoas são basicamente boas, o mal que elas fazem deve ser causado por alguma
força exterior. Que pode ser o ambiente
social, circunstâncias econômicas, família disfuncional, influencia nas
escolas, violência na TV, armas, racismo, bullyng, o diabo, impostos abusivos e
até mesmo a corrupção do país. Para eles, as pessoas não são responsáveis pelo
mal que cometem. De acordo com a palavra os maus comportamentos procedem do
coração pecaminoso, nada o justifica.
2
– Negação do mal. Se o bem é natural, então o mal não deve
ser natural, doentio. As categorias morais têm sido substituídas pelas
categorias psicológicas. Não existe mais bom e mau, apenas normal e doentio.
3
– Nem os pais nem as escolas leva a sério a responsabilidade de ensinar bondade
às crianças. Porque ensinar o que vem naturalmente?
Somente aqueles que reconhecem que as pessoas não são basicamente boas percebem
a necessidade de se ensinar a bondade.
4
– Já que grande parte da sociedade crê que o mal vem de fora das pessoas, ela
parou de procurar mudar os valores das pessoas e em lugar disso concentra-se em
mudar forças externas. As pessoas cometem crimes? Não é
com o desenvolvimento dos valores e do caráter que precisamos nos preocupar;
precisamos mudar o ambiente socioeconômico que produz estupradores e
assassinos. Homens irresponsáveis engravidam mulheres irresponsáveis? Não é de
valores melhores que necessitam, mas de uma educação sexual melhor e um acesso
maior a preservativos e abortos.
5
– Se as pessoas são boas, elas não precisa se sentir culpadas de seus pecados. As
pessoas não precisam sentir responsabilidade diante de Deus ou de uma religião,
somente para consigo mesmas.
J.C Ryle diz:
“O
ponto de vista bíblico do pecado é um dos melhores antídotos para aquele tipo
vago, nebuloso e indefinido de teologia, tão dolorosamente popular nesta época.
É inútil cerrar os olhos para o fato de que há um cristianismo muito abundante
distorcido, mas que, a despeito disso, não oferece boa medida e peso certo de
mil gramas para aquilo. Trata-se de um cristianismo, no qual, inegavelmente, há
“algo de Cristo, algo de graça, algo de fé, algo de arrependimento e algo da
santificação”, mas que não é “mercadoria legítima” conforme encontramos na
Bíblia. As coisas encontram-se fora de lugar e fora de proporções. Conforme
diria Latimer, trata-se de uma espécie de “mistura esquisita” que não traz bem
algum. Não exerce influência sobre a conduta diária, não consola a vida nem
confere paz por ocasião da morte. Aqueles que a defendem, com frequência
despertam tarde demais para descobrir que nada têm de sólido sob os pés. Ora,
acredito que a maneira mais certa de curar e corrigir essa modalidade
defeituosa de religião consista em destacar com maior proeminência as antigas
verdades bíblicas sobre a pecaminosidade do pecado.”
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