segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

SÉRIE: DEZ ACUSAÇÕES CONTRA A IGREJA MODERNA.



1 Tm 4.1

Precisamos de avivamento! Precisamos de um despertamento. No entanto, não podemos simplesmente ficar sentados e esperar que o Espírito Santo venha e arrume toda a bagunça que temos feito. Temos instruções claras da Palavra de Deus  sobre o que ele fez por meio de Cristo, como ele espera que vivamos, como espera que organizemos a igreja.
Quando examinamos o AT, vemos que Moísés recebeu uma explicação detalhada de como construir o Tabernáculo. Isso nos mostra que Deus é específico em sua vontade, e não devemos imaginar que podemos pegar o menor detalhe e ignorá-lo.
Portanto, vamos às três primeiras acusações:
1 – Uma negação da suficiência da Escritura.
1 Tm 3.15-17
Um erro que afeta muitas igrejas em nossos dias: uma negação prática da suficiência da Escritura.  Em geral, não se questiona se a Bíblia é inspirada ou inerrante. Mas se ela é suficiente ou se temos de introduzir todas as supostas ciências sociais e estudo cultural para sabermos como conduzir uma igreja! Hoje em dia, as ciências sociais tem tomado precedência sobre a Palavra de Deus, de tal modo que a maioria de nós não pode nem mesmo perceber isso. Psicologia, antropologia e sociologia se tornaram influências primarias nas igrejas.
Porque a evangelização, missões e o “chamado crescimento de igreja” são mais moldados pela antropologia, sociologia e economia do que pela Palavra de Deus.
Porque o aconselhamento é mais baseado na Psicologia do que na Palavra de Deus. Essas áreas na igreja e tudo que fazemos devem fluir do teólogo e do exegeta – o homem que abre a sua Bíblia e tem uma única pergunta: ó Deus, qual é a tua vontade? Não devemos perguntar a ímpios como a igreja deve funcionar, o maior interessado no bem estar da igreja é Deus. Se nós queremos ser agradáveis a alguém, se queremos nos acomodar a alguém, devemos nos acomodar à glória de Deus, ainda que sejamos rejeitados pelos demais. Não somos chamados a construir impérios. Somos chamados a glorificar a Deus. E se quisermos ser diferentes temos que querer o que Deus quer.
Tt 2.1; 1 Pe 2.9
Is 8.19-20

2 – Uma ignorância a respeito de Deus.
At 17.30
Quando a igreja fala sobre Deus ela não pode se esquecer de todos os seus atributos. Devemos falar sobre a justiça de Deus, sobre a soberania, mas também sobre a ira, a supremacia e a glória de Deus. Muitas vezes nós adoramos a um Deus criado pela nossa própria imaginação.
Jr 9.23-24, Sl 50.21-22
Você sabe porque todas as livrarias evangélicas estão cheiras de livros de auto-ajuda ou livros que falam de cinco maneiras de fazer isso ou aquilo, seis maneiras de ser piedoso e dez maneiras de não fracassar? Porque as pessoa não conhecem a Deus. Por isso, procuram técnicas humanas para viverem.
1 Co 15.34
Qual foi a última vez que você assistiu a uma conferência sobre atributos de Deus? A vida eterna não começa quando você morre, mas quando você é convertido. E a vida eterna é conhecer a Deus. Portanto, comece a conhecer Deus agora. Ele de revela na Bíblia, estude-as para conhecer a Deus.
Muitas vezes o culto dominical se torna idólatra porque parte das pessoas não está adorando o Deus única e verdadeiro,  mas sim um Deus que formaram em seus próprios corações, um Deus que parece mais com Papai Noel do que com Jeová.  Sem conhecimento de Deus não há temor do Senhor.
O que é temer ao Senhor?
Não é somente medo, mas inclui o medo. Porque? Porque somos pessoas impuras, e compareceremos diante do todo-poderoso Deus que é moralmente puro.  Nós nos sentimos envergonhados, e com razão diante dEle, e o castigo seria totalmente justo. O pavor é a nossa reação natural e  correta.
Ninguém está excluído desse medo, crentes e incrédulos. Para os crentes esse medo vai diminuindo, para os incrédulos ele é sempre crescente, para muitas pessoas ele é demonstrado por meio de uma ansiedade descontrolada, baixa auto-estima e várias outras enfermidades modernas. Porque está chegando o dia em que todos vão se curvar diante de Deus.
Mas para o crente o temor significa uma submissão reverente que conduz à obediência (adoração).A consciência do próprio pecado e do merecimento da ira de Deus misturada ao entendimento do perdão , misericórdia e amor a Deus nos levam a um temor-adoração. Isso nos coduz a Deus mais do que nos faz fugir Dele.
1 Jo 4.18
O povo de Deus não é mais guiado pelo temor-medo, mas o temor-adoração que é motivado pelo amor e honra devidos a Deus.  Esses dois temores deixam bem claro que o Santo de Israel reina sobre todas as coisas.
O que significa santo?
Separado, colocado de lado, diferente, não contaminado.  Isso significa que Deus é diferente de nós, ele não pode ser comparado com ninguém mais. O seu caráter é inigualável. Santidade é a essência de Deus. Ele tem uma sabedoria santa, uma majestade santo, um amor santo.
Is 40.25, Sl 77.13, Os 11.9, Is 57.15
Mas esse Deus santo se aproxima da sua criação.
Lv 26.12, Hb 13.5, Jo 15.14, Cl 1.27
O que se opõe ao temor ao Senhor?
O nosso coração pecaminoso, e ele é influenciado pelo mundo e pelo Diabo. O nosso coração tem milhares de estratégias para evitar o temor o Senhor.
1 – Viver uma religião de aparências: Nos enquadramos em certos comportamentos, quando isso ocorre nos esquecemos das intenções do coração  e nos sentimos bons, pois não somos adúlteros, não matamos, não roubamos, etc. Nos achamos relativamente bons, por isso, Deus se torna irrelevante. Eu me sinto independente de Deus, nesse caso o temor de Deus se torna irrelevante.  Muitas vezes o pecado vem montado em coisas boa, o trabalho, dinheiro,
O mundo pega essas tendências e as racionaliza. O mundo nos faz lembrar que, sejam quais forem os nossos pecados ou fraquezas, nós somos apenas seres humanos. Todos os  outros estão fazendo a mesma coisa. O certo e o errado são determinados pelo voto popular.
O mundo sugere que Deus é real, mas distante. Ele deu início a todas as coisas, mas está sentado, deixando as coisas acontecerem.
O Diabo coloca qualquer coisa que possa exaltar o verdadeiro  Deus. Sempre que tememos alguma coisa Satanás está minimizando o nosso pecado, sugere que Deus está distante e que não podemos confiar de fato na Palavra de Deus. Na verdade, ele sugere que Deus está nos segurando, nos afastando das coisas boas.
Com esses adversários crescer no temor do Senhor não é fácil, é um caminho de lutas. Devemos odiar a nossa própria natureza pecaminosa, odiar a Satanás, e o mundo.  Por isso precisamos de recursos poderosos: a palavra, o Espírito e o corpo de Cristo.
2 – Um fracasso em abordar o mal do homem.
Rm 3.10-12
Os três primeiros capítulos da carta aos Romanos Paulo trata de deixar claro que todos os homens estão sob condenação.  E o entendimento de que estamos sob condenação é o meido que Deus usa para nos mostrar o evangelho de salvação. A evangelização deve trazer os homens a um conhecimento de si mesmos, antes de se renderem a Deus. Os homens estão caídos de tal maneira que temos de remover deles toda esperança na carne, antes de serem trazidos a Deus.
Quando tratamos o pecado de maneira superficial lutamos contra o Espírito Santo.
Jo 16.8
Há muitos pregadores que estão mais preocupados em dar as pessoas o melhor da vida agora do que preocupados com a eternidade. Por isso, não mencionam o pecado em  suas pregações. O ministério fundamental do Espírito Santo é vir e convencer o mundo do pecado.
Somos enganadores quando lidamos levianamente com o mal do homem, como os pastores nos dias de Jesus.
Jr 6.14
Quando fazemos isso também somos imorais. Como um médico que nega o seu juramento porque não quer dar a ninguém as más notícias pois acha que a pessoa ficará irada com ele ou ficará triste. Por isso, ele não conta às pessoas as notícias mais necessárias para salvar a sua vida. Alguns pastores afirmam que as pessoas não podem suportar o que pregamos. Ninguém jamais foi capaz de suportar a pregação do evangelho. Ou as pessoas se voltarão contra o evangelho com fúria de um animal, ou serão convertidas. Nosso mundo está tomado por essa moléstia chamada auto-estima. Nosso grande problem é que estimamos o “eu” mais do que estimamos a Deus.
Mas também somos ladrões quando não falamos muito sobre pecado. Quando nos recusamos a ensinar sobre a depravação total dos homens, é impossível que glorifiquemos a Deus, a Cristo a cruz – porque a cruz de Cristo e são glória são mais exaltadas quando colocadas diante do pano de fundo de nossa depravação.
Ef
Sem os homens conhecerem a sua própria impiedade eles não podem conhecer o amor de Deus. Quando não falamos sobre o pecado roubamos do homem a oportunidade de gloriarem-se não em si mesmos mas no Senhor.
2 Co 10.17
Hoje em dia vivemos às voltas com o conceito de auto-estima. O que seus defensores defendem?
Que não há pessoas ruins, apenas pessoas que têm uma visão ruim de si mesmas. Para eles, as pessoas que se sentem bem consigo mesmas, haverão de se comportar melhor, terão menos problemas emocionais e realizarão mais.  Portanto, para eles, elevar a auto-estima das pessoas é a solução para qualquer mal que incomoda.
Ilustração:
Um estudo recente, um teste de matemática padronizado foi dado a estudantes de países diferentes. Além das questões de matemática o teste pedia que os alunos respondessem à seguinte pergunta: “Sou bom em matemática”?  Os alunos americanos ficaram atrás, no teste, dos alunos coreanos. No entanto, mais de ¾ dos alunos coreanos responderam não à pergunta, já os americanos 68% deles disseram que eram bons em matemática (MacArthur, 124).
Pesquisas afirma que a sociedade mundial atingiu o nível moral mais baixo da história. Mas os norte-americanos, por exemplo, nunca se sentiram tão bem com eles mesmos. Em 1940,11% das mulheres e 20% dos homens afirmaram em uma pesquisa que se sentiam pessoas importantes, já na década de 90 esse grupo aumentou para 66% entre as mulheres e 62% entre os homens. Parece que todo pensamento positivo sobre nós mesmos parece não estar conseguindo elevar a cultura ou motivar as pessoas a terem uma vida melhor.
E a pergunta que temos que nos fazer é: será que o problema das pessoas hoje é a baixo auto-estima?
Precisamos pensar seriamente se fazer com que o ser humano se sinta melhor acerca de si mesmo tem, de fato, ajudado a diminuir os problemas ligados à criminalidade, decadência moral, divórcio, abuso infantil, delinquência juvenil, dependência de drogas, e todos os outros males que vêm afundando a sociedade.
Um artigo da revista Newsweek sugeriu que a defesa da auto-estima é uma questão mais ligada à fé do que à pedagogia científica – fé que pensamentos positivos são capazes de tornar manifesta a bondade inerente em qualquer um.
A doutrina da auto-estima baseia-se na crença de que as pessoas são basicamente boas e precisam reconhecer a sua própria bondade.
E a Igreja, como tem lidado com esse pensamento?
A igreja não fez uma leitura bíblica deste pensamento e o integrou às suas práticas.  Mas na verdade a doutrina da auto-estima é o fruto do casamento entre o liberalismo teológico e a neo-ortodoxia.
Atualmente, grande parte dos livros evangélicos mais vendidos promovem a auto-estima e o pensamento positivo.  À medida que os evangélicos tornam-se cada vez mais receptivos ao aconselhamento psicológico, ficam mais vulneráveis aos perigos propostos pelos ensinamentos da auto-estima.

Cristãos influenciados pela doutrina da auto-estima dificilmente se encontram em posição para lidar com transgressões como o pecado contra Deus ou para informar as pessoas já influenciadas por esse pensamento de que elas são, na verdade, pecadores carentes de salvação espiritual.
Perguntas que um conselheiro bíblico deve se fazer antes de começar um aconselhamento: será que Deus realmente deseja que todas as pessoas sintam-se bem acerca de si mesmas? Ou será que Ele primeiro convoca os pecadores a reconhecerem seu estado próprio de extrema incapacidade?
Vamos, então, à doutrina que questiona esse pensamento: a doutrina da depravação total.
1 – Entendendo a doutrina da depravação total.
O que é depravação total?
As Escrituras ensinam que toda a humanidade está totalmente depravada.
Ef 2.1-3, 12
Nessas passagens Paulo descreve o estado dos incrédulos que estão separados de Deus. Eles odeiam a Deus.
Rm 3.18; 5.8,10; 7.5
Cl 1.21
Fomos corrompidos pelo pecado em todo o nosso ser. Éramos corruptos, perversos, completamente pecaminosos.
Isso não significa que os descrentes são sempre tão ruins quanto poderiam ser (Lc 6.33; Rm 2.14). Nem sempre a depravação total é vivida em sua plenitude. Muitos descrentes são capazes de atos de bondade, benevolência, boa vontade, ou altruísmo.   E também conseguem apreciar a bondade, a beleza, a honestidade, a decência ou a excelência. No entanto, nada disso possui qualquer mérito diante de Deus.
Depravado também significa que o mal contaminou cada aspecto da nossa humanidade – nosso coração e corpo (Jr 17.9; Jo 8.44). Pecadores não redimidos são incapazes de fazer qualquer coisa para agradar a Deus (Is 64.6). São incapazes de amar genuinamente a Deus, obedecer de coração, com motivações corretas, de entender as verdades espirituais, de ter uma fé genuína, de agradar a Deus ou busca-lo verdadeiramente (Hb 11.1).
Depravação total significa que os pecadores não têm capacidade de fazer o bem espiritual ou de fazer algo em prol de sua própria salvação quanto ao pecado.
1 Co 2.14
Como toda a humanidade foi contaminada por ela?
Por causa do pecado de Adão esse estado de morte espiritual passou a toda a humanidade (pecado original).
Rm 5.12-19; 1 Co 15.22
Portanto, já nascemos com uma natureza depravada e pecadora. Pecamos porque somos pecadores.
Mc 7.21-23; Ef 2.3
Lloyd Jones afirma:
“Porque o homem sempre escolhe pecar? A resposta é que o homem se afastou de Deus, e em decorrência disso, sua natureza se tornou totalmente pervertida e pecaminosa. Toda inclinação do homem vai no rumo oposto ao de Deus. Por natureza, ele odeia a Deus e sente que Deus se opõe a ele. Seu deus é ele mesmo, suas próprias habilidades e poderes, seus próprios desejos. Ele se opõe a todo conceito de Deus e às exigências que Deus faz a ele... Além disso, o homem gosta e cobiça as coisas que Deus proíbe, e desaprova as coisas e o tipo de vida que Deus o convoca a ter. Não existem afirmações simplesmente dogmáticas. Elas são fatos... Elas por si só explicam a desordem moral e a feiura que tão bem caracteriza a vida nos dias de hoje.”
A salvação do pecado original vem somente por intermédio da cruz de Cristo.
Rm 5.19
Nascemos no pecado (Sl 51.5) e se desejarmos nos tornar filhos de Deus e entrar em seu reino, precisamos nascer novamente pelo Espírito de Deus (Jo 3.3-8).
Sendo assim, a doutrina da depravação total se choca diretamente com a doutrina da auto-estima, não há como conciliar a duas. Pois para a doutrina da auto-estima homens e mulheres são bons. Mas, exatamente o oposto é verdadeiro. Todos somos inimigos de Deus por natureza, pecadores, amantes de nós mesmos, e escravos do nosso próprio pecado. Estamos cegos, surdos e mortos para questões espirituais. Somos orgulhosos.  Essa é a nossa autoimagem adequada.
É por isso que Jesus elogiou o publicano ao invés de reprova-lo por sua “baixo auto-estima” (Lc 18.13,14). O homem finalmente chegou ao ponto de enxergar exatamente o que era.
Todos pecaram e carecem da glória de Deus.
Quando alguém vem para um aconselhamento, geralmente, ele sabe que há algo profundamente errado com ele, sua consciência o confronta com a sua pecaminosidade. Por mais que tentem prejudicar os outros, ou procurem ajuda psicológica, não podem fugir da realidade. Não podem negar a própria consciência.
Sentem culpa porque são culpados. Somente a cruz de Cristo pode acabar com essa vergonha pelo pecado. A auto-estima pode mascarar esse sentimento, varrendo a sujeira para debaixo do tapete, buscar outros relacionamentos ou culpar outros pode até dar um certo alívio, mas isso é superficial.
A verdadeira culpa tem somente uma causa: o pecado.  Até que o pecado seja tratado a consciência o acusará. E foi o pecado e não a baixo auto-estima que Cristo veio derrotar. Paulo deixa claro isso no livro de Romanos: em Rm 1.18-32 ele demonstra a culpa dos gentios, em Rm 2.1-16 ele demonstra a culpa dos moralistas que violam o mesmo padrão que pelo qual ele julga os outros. Em Rm 2.17-3.8 estabelece a culpa dos judeus. Conclusão, todos pecara, ninguém tem vantagem alguma (Rm 3.9).
Essa doutrina é assustadora e inacreditável para os que se encontram mimados pela doutrina da auto-estima.
A prova.
Paulo continua nos provando a doutrina, destacando a universalidade do pecado. Rm 3.10-17
O argumento de Paulo é construído em três partes:
1)      O pecado corrompe o caráter (Rm 3.10-12). Ele faz seis acusações: o ser humano é mau, espiritualmente ignorante, rebelde, obstinado, espiritualmente imprestável e moralmente corrupto. Portanto, o ensinamento da auto-estima é a expressão máxima de orgulho. Fazer um selvagem sentir-se bem acerca de si mesmo apenas aumenta sua periculosidade. Como alguém pode se sentir bem acerca de si mesmo, quando o próprio Deus o declara digno de ira? Qual é a grande necessidade das pessoas? Não é a auto-estima ou o pensamento positivo, mas a redenção de seu pecado orgulhoso.
2)      O Pecado corrompe a nossa fala (Rm 3.13,14). A fala perversa, uma expressão da impiedade do coração, corrompe a pessoa por completo (Mt 15.11).
3)      O pecado corrompe a conduta (Rm 3.15-17). Os pecadores são naturalmente atraídos para o ódio e para seu fruto de sangue. O problema do homem não é a baixo auto-estima, mas o orgulho que nos conduz ao pecado, incluindo ódio, hostilidade e os homicídios. O amor pelo derramamento de sangue invade e domina o coração da humanidade pecaminosa. Remova as restrições morais da sociedade, e o resultado inevitável será o aumento dos homicídios e violência – não importa quão bem as pessoas se sintam a respeito de si mesmas.

Não ouvimos muito acerca de temer a Deus nos dias atuais. Até mesmo muitos cristãos parecem sentir que a linguagem do temor é de alguma forma muito áspera ou muito negativa. Quão mais fácil é falar do amor de Deus e de Sua infinita misericórdia. Mas longanimidade, bondade e tais atributos são exaltados no meio cristão hoje. Isso faz com que a maioria das pessoas não pensam em Deus como alguém a ser temido. Não percebem que ele odeia o orgulho e pune os malfeitores. São presunçosos em relação à graça de Deus. Temem mais o que as pessoa pensam do que com o que Deus pensa.
Encorajar o temor do Senhor elimina a doutrina da auto-estima. Como é que podemos encorajar o temor do Senhor e a o mesmo tempo incentiva as pessoas que se amem mais.
O Veredicto.
Rm 3.19
Tanto judeus que tinham a lei escrita de Deus, quanto gentios que tinha a lei na consciência (Rm 2.11-15) são culpados. Não há defesa. A humanidade não redimida é culpada.
A auto-estima não é a solução para a depravação humana. Ela só a agrava! Os problemas da nossa cultura – angústia, medo, ansiedade – não serão resolvidos por meio do engano de fazer com que as pessoas se sintam melhores acerca de si mesmas, ou se amem mais. As pessoas são de fato pecaminosas, no mais íntimo do seu ser. A culpa e a vergonha que sentimos como pecadores é legítima, natural e até boa. Ela nos leva a conhecermos mais a nossa própria pecaminosidade e o Senhor que a redime.

Consequências das crenças na doutrina da auto-estima.
1 – A atribuição do mal a causas externas. Para muitos, já que as pessoas são basicamente boas, o mal que elas fazem deve ser causado por alguma força exterior.  Que pode ser o ambiente social, circunstâncias econômicas, família disfuncional, influencia nas escolas, violência na TV, armas, racismo, bullyng, o diabo, impostos abusivos e até mesmo a corrupção do país. Para eles, as pessoas não são responsáveis pelo mal que cometem. De acordo com a palavra os maus comportamentos procedem do coração pecaminoso, nada o justifica.
2 – Negação do mal. Se o bem é natural, então o mal não deve ser natural, doentio. As categorias morais têm sido substituídas pelas categorias psicológicas. Não existe mais bom e mau, apenas normal e doentio.
3 – Nem os pais nem as escolas leva a sério a responsabilidade de ensinar bondade às crianças. Porque ensinar o que vem naturalmente? Somente aqueles que reconhecem que as pessoas não são basicamente boas percebem a necessidade de se ensinar a bondade.
4 – Já que grande parte da sociedade crê que o mal vem de fora das pessoas, ela parou de procurar mudar os valores das pessoas e em lugar disso concentra-se em mudar forças externas. As pessoas cometem crimes? Não é com o desenvolvimento dos valores e do caráter que precisamos nos preocupar; precisamos mudar o ambiente socioeconômico que produz estupradores e assassinos. Homens irresponsáveis engravidam mulheres irresponsáveis? Não é de valores melhores que necessitam, mas de uma educação sexual melhor e um acesso maior a preservativos e abortos.
5 – Se as pessoas são boas, elas não precisa se sentir culpadas de seus pecados. As pessoas não precisam sentir responsabilidade diante de Deus ou de uma religião, somente para consigo mesmas.
J.C Ryle diz:
“O ponto de vista bíblico do pecado é um dos melhores antídotos para aquele tipo vago, nebuloso e indefinido de teologia, tão dolorosamente popular nesta época. É inútil cerrar os olhos para o fato de que há um cristianismo muito abundante distorcido, mas que, a despeito disso, não oferece boa medida e peso certo de mil gramas para aquilo. Trata-se de um cristianismo, no qual, inegavelmente, há “algo de Cristo, algo de graça, algo de fé, algo de arrependimento e algo da santificação”, mas que não é “mercadoria legítima” conforme encontramos na Bíblia. As coisas encontram-se fora de lugar e fora de proporções. Conforme diria Latimer, trata-se de uma espécie de “mistura esquisita” que não traz bem algum. Não exerce influência sobre a conduta diária, não consola a vida nem confere paz por ocasião da morte. Aqueles que a defendem, com frequência despertam tarde demais para descobrir que nada têm de sólido sob os pés. Ora, acredito que a maneira mais certa de curar e corrigir essa modalidade defeituosa de religião consista em destacar com maior proeminência as antigas verdades bíblicas sobre a pecaminosidade do pecado.”

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