quinta-feira, 27 de junho de 2013

TIAGO – O APÓSTOLO FERVOROSO.

Dos três discípulos do círculo mais íntimo de Jesus, sabemos menos coisas sobre Tiago. Ele nunca aparece sozinho nas narrações sobre o evangelho, mas sempre junto com João, seu irmão mais jovem e conhecido. A única vez em que é mencionado isoladamente no livro de Atos, em que é registrado o seu martírio.
At 12.1-2
Entre Tiago e João, Tiago era o mais velho, pois seu nome sempre é colocado primeiro quando aparecem os dois.  Tiago e João eram irmãos e filhos de zebedeu. Isso significa que Zebedeu era um homem importante.
Mt 20.20; 26, 37; 27.56; Mc 10.35, Lc 5.10, Jo 21.2
O negócio de Zebedeu era grande o suficiente para empregar vários servos.
Mc 1.20
Além disso, a família toda de Zebedeu tinha posição social suficiente a ponto do apóstolo João ser conhecido do sumo sacerdote. João conseguiu que Pedro entrasse no pátio do sumo sacerdote na noite em que Jesus foi preso.
Jo 18.15-16
Como o filho mais velho de uma família bem sucedida, Tiago achava que deveria ter sido o principal dos apóstolos. Por isso, discutiu sobre qual deveria ser o maior dos apóstolos.
Lc 22.24
Mas Tiago nunca foi o  principal dos apóstolos. Mas ele era alguém importante. Em duas das listas dos apóstolos seu nome vem logo depois de Pedro. Ele, Pedro e João foram os únicos que Jesus permitiu acompanha-lo quando ressuscitou a filha de Jairo.
Mc 5.37
Também presenciou a transfiguração de Cristo.
Mt 17.1
Estava entre os 4 que fizeram perguntas particulares a Jesus no monte das oliveiras.
Era chamado por Jesus para orações em particular.
Mc 14.33
Tiago era um apóstolo intenso de fervor e entusiasmo. Jesus deu a ele e a João um apelido: Boanerges – filhos do Trovão.
Mc 3.17
Tiago desejava ter poder de pedir fogo dos céus para destruir vilas inteiras cheias de pessoas. Era franco, intenso e impaciente com aqueles que praticavam o mal.  No entanto, por vezes o zelo fica aquém da justiça. O zelo sem entendimento pode ser condenatório. O zelo sem sabedoria pode ser perigoso. O zelo misturado à insensibilidade é cruel. Sempre que se transforma em cólera desenfreada pode ser mortal.  Vamos ver esse zelo de Tiago.
1 – FOGO DO CÉU.
Lc 9.51-56
Jesus estava se preparando para passar em Samaria. Dirigia-se a Jerusalém para última páscoa, a qual ele sabia que iria culminar com sua morte, sepultamento e ressurreição. É importante o fato de Jesus ter escolhido passar por Samaria. Mesmo que o caminho mais curto da Galiléia para Jerusalém fosse exatamente por lá, a maioria dos judeus que viajava entre esses dois lugares fazia questão de tomar uma direção que os obrigava a percorrer vários quilómetros fora do caminho, passando pelo deserto de Pereia – fazendo-os cruzar o rio Jordão duas vezes – só para evitar passar por Samaria.
Os samaritanos eram uma raça de mestiços dos israelitas do reino do Norte. Quando Israel foi conquistada pelos assírios, as pessoas mais preemintes e influentes das suas tribos foram levadas para o cativeiro e a terra foi reassentada com pagãos e estrangeiros leais ao rei da Assíria. Os Israelitas mais pobres que permaneceram na terra se casaram com esses pagãos.
Os pagãos mestiços não prosperaram na terra, pois não temiam o Senhor. Assim o rei da Assíria enviou de volta um dos sacerdotes que havia levado o cativeiro a fim de que ele ensinasse o povo a temer o Senhor. O resultado foi uma religião que misturava elementos da verdade e do paganismo. Fundaram o próprio sacerdócio, construíram seu próprio templo e criaram seu próprio sistema de sacrifícios. Misturaram a autoridade das Escrituras com a tradição humana.
O primeiro templo dos Samaritanos havia sido construído sobre o monte Gerizim, em Samaria. Esse templo havia sido edificado na época de Alexandre, o Grande, mas havia sido destruído cerca de cento e vinte cinco anos antes do nascimento de Cristo. No entanto, Gerizim ainda era considerado pelos samaritanos como um lugar sagrado e estavam convencidos de que aquele era o único local que Deus poderia ser adorado (Jo 4.20). Por isso, a região era considerada impura.
Jesus escolheu ir a Jerusalém passando por Samaria. Ao longo da viagem, ele e seus seguidores precisariam de lugares onde pudessem comer e passar a noite. Tendo em vista que o grupo que viajava com Jesus era relativamente grande, ele enviou mensageiros adiante deles para providenciar acomodações.
Os mensageiros de Jesus não conseguiram acomodações. Os samaritanos não apenas odiavam os judeus, como também odiavam o culto que se realizava em Jerusalém.  Jesus representava tudo o que era judeu e que eles mais odiavam, por isso, rejeitaram o seu pedido. O problema não era de espaço, mas falta de hospitalidade.
Jesus sempre foi bondoso com os Samaritano.
Lc 17.16; Jo 4.7-29, Lc 10.30-37, At 1.8
Mas ainda assim, eles trataram a Jesus com desprezo. Qual a reação de Tiago e João?
Lc 9.54
Por que a reação foi errada?
1 – A motivação era errada. Eles estavam sendo arrogantes.
2 – Jesus não estava em uma missão de julgamento, mas sim de resgate.
O exemplo de Jesus ensinou a Tiago que a bondade amorosa e a misericórdia são virtudes a serem cultivadas tanto quanto a justa indignação e o zelo fervoroso. O que eles fizeram? Foram para outra aldeia (Lc 9.56).
TRONOS NO REINO
Mt 20.20-24
Nesta passagem temos mais alguns detalhes a respeito do caráter de Tiago. Nesta passagem descobrimos que Tiago não era apenas fervoroso. Intenso, zeloso e insensível, era também ambicioso e auto confiante.
Eles já faziam parte do círculo mais intimo de Jesus, por isso, achavam que mereciam uma posição de destaque no reino. Jesus não lhes fez promessa de cargos de destaque, mas lhes garantiu que iriam beber do seu cálice, mas os principais tronos não lhe competiam.
A ambição dos dois acabou gerando conflitos entre os apóstolos, pois os demais ficaram ofendidos, o debate perdurou até a mesa da santa ceia. (Lc 22.24)
Tiago desejava uma coroa de glória; Jesus lhe deu um cálice de sofrimento. Desejava poder; Jesus lhe deu serviço. Desejava um lugar de preeminência; Jesus lhe deu túmulo de um mártir. Desejava exercer domínio. Jesus lhe deu espada. Catorze anos depois disto, Tiago se tornou o primeiro dos doze a morrer por causa da sua fé.
O FIM DE TIAGO.
A morte de Tiago é relatada em At 12.1-3.
Essa é a única passagem das escrituras em que Tiago aparece sozinho. Herodes ordenou sua morte e o instrumento de execução foi uma espada (decapitado).  Não se trata de Herodes Antipas, aquele que matou João Batista e levou Jesus a ser julgado, mas seu sobrinho e sucessor, Herodes Agripa I. Não sabemos que motivos Herodes tinha para ser tão hostil para com a igreja, para agradar líderes judeus começa a perseguir os cristãos.
Evidentemente Tiago ainda era um homem dedicado, sua intensidade, agora sob o controle do Espírito Santo, tinha sido instrumento para propagação da verdade. Isso demonstra que Tiago estava onde Jesus o havia treinado para estar, na linha de frente do crescimento do evangelho.
A história relata que o testemunho de Tiago deu frutos até no momento de sua execução.
Clemente de Alexandria afirma que Tiago deu tão grande testemunho no tribunal, que aquele que o levou se converteu durante o julgamento, professou sua fé em Cristo  e os dois foram levados juntos para a execução. No caminho ele implorou que Tiago o perdoasse, depois de um instante ele disse: a paz seja contigo e o beijou. Tiago havia aprendido a se mais parecido com André, levando as pessoas a Cristo em vez de tentar julgá-las.
Tiago era dinâmico, forte e ambicioso. Mas no fim de sua vida se torna mais sensível, ele aprendeu a controlar a ira, refrear a língua, redirecionar o seu zelo, eliminar a sede de vingança e perder a sua ambição egoísta.



sexta-feira, 21 de junho de 2013

ANDRÉ - O APÓSTOLO DAS PEQUENAS COISAS


Jo 1.40-42                        

André foi o primeiro de todos os discípulos a se  chamado (Jo 1.35-40). Como veremos adiante, ele foi responsável por apresentar Pedro, seu irmão, a Cristo (Vs. 41-42). Seu desejo ardente de seguir a Cristo, combinado com zelo em apresentar outros a ele, mostrava razoavelmente o caráter de André.

André era da vila de Betsaida (Jo 1.44), que ficava no norte da região da Galileia. A certa altura, os dois irmãos se mudaram para a cidade maior de Cafarnaum, perto de sua cidade natal. Na verdade, Pedro e André dividiam uma casa em Cafarnaum (Mc 1.29) e de lá tocavam juntos um comércio de pesca. Cafarnaum era um ponto especialmente privilegiado, uma vez que ficava na margem norte do mar da Galiléia (onde a pesca era boa) e se encontrava na junção de importantes rotas comerciais.

É provável que, desde a infância, Pedro e André tivessem amizade com outros dois pescadores – também nascidos em Cafarnaum – Tiago e João, filhos de Zebedeu. Ao que parece, os quatro possuíam certos interesses espirituais em comum, mesmo antes de se encontrarem em Cristo. Eles se tornaram discípulos de João. Os quatro (Pedro, André, Tiago e João) eram melhores amigos e inseparáveis.

Todos os quatro desejavam ser líderes, que exerciam liderança sobre os outros membros do grupo, exercendo uma espécie de liderança coletiva.  Dos quatro, André que o que aparece menos. As Escrituras não relatam muita coisa a respeito dele, André viveu à sombra de seu irmão Pedro.

Mas apesar de seu irmão se destacar mais, não vemos ressentimento, nem rivalidade da parte de André. Inclusive é André quem leva Pedro a Cristo.

André possuía a atitude certa para exercer um ministério nos bastidores. Ele não procurava ser o centro das atenções. Não parecia se incomodar com aqueles que trabalhavam por trás das cenas, dos discípulos do círculo íntimo de Jesus parecer ser o menos contencioso e o mais mediativo. Sempre que ele fala – o que é raro nas Escrituras – diz a coisa certa, e não a errada. Sempre que age separadamente dos outros discípulos faz o que é certo. Ao citá-lo pelo nome, as Escrituras nunca o relacionam a qualquer desonra.

Certamente, houve ocasiões em que seguindo a liderança de Pedro ou agindo em conjunto com todos os outros discípulos, André cometeu os mesmos erros que eles.  No entanto, quando é citado individualmente as Escrituras sempre o elogiam. Ele foi um líder eficiente.

O nome André significa “varonil” e se encaixa perfeitamente com o tipo de atividade que exercia, pois para ser um pescador era necessária força física.  André era ousado, decidido e ponderado. Não há nada de frágil ou melindrosos nele.

 

 

Características de André:

1 – ELE ENXERGAVA O VALOR DAS PESSOAS COMO INDIVÍDUOS.

André apreciava o valor individual das pessoas. Ele era conhecido por levar pessoas e não multidões a Jesus. Quase todas as vezes que lemos algum relato do evangelho, ele esta levando alguma pessoa a Jesus.

Foi André quem levou o menininho dos peixes a Jesus (Jo 6.9).

Ver também Jo 12.20-22 – por alguma motivo, Filipe sabia que André é que podia apresentar as pessoas a Cristo.  André não ficava confuso quando alguém desejava ver Jesus. Não perdia a compostura, nem se sentia desconfortável em apresentar pessoas a Cristo, pois ele o fazia com frequência. Ele conhecia bem a Jesus e não se sentia inseguro quanto levar outros a ele.  Ele levou Pedro a Cristo (tornou-se o primeiro missionário), levou gregos a Cristo (primeiro missionário transcultural).

A maior parte das pessoas vai a Cristo por meio de uma abordagem individual e não por um apelo coletivo.  Não há nada nas escrituras que indica que André tenha pregado para multidões, mas levou Pedro a cristo, o grande pregador de Pentecostes.

2 – ELE ENXERGAVA O VALOR DAS DADIVAS INSIGNIFICANTES.

Algumas pessoas têm uma visão mais clara das situação geral simplesmente porque apreciam o valor das pequenas coisas. André se encaixava nessa categoria. Isso fica claro no relato de João sobre os cinco mil que foram alimentados.

Jesus havia se dirigido para o alto de um monte a fim de tentar ficar  a sós com seus discípulos. Quando Jesus tirava uma folga do seu ministério público as multidões iam atrás dele. Era pouca antes da páscoa, o feriado mais importante dos judeus. Esse episódio, ocorreu, exatamente um ano antes de Cristo ser crucificado.

De repente as pessoas chegaram, descobriram onde Jesus estava. Era quase hora de comer, e ao pregar para o povo, Jesus iria usar o pão como ilustração. Assim, ele deixou claro que desejava alimentar a multidão. Perguntou a Filipe onde poderia comprar o pão (Jo 6.6).

Filipe fez as contas rapidamente e concluiu que tinham apenas duzentos denários em dinheiro. Um denário era o pagamento de um dia para um trabalhador comum, de modo que duzentos denários equivaleriam aproximadamente ao salário de oito meses. Era uma quantia considerável, mas a multidão era tão grande que mesmo duzentos denários não eram o suficiente para comprar comida para todos. Ele e os outros discípulos ficaram sem saber o que fazer (Mt 14.15,16).

Então, André entra em cena (Jo 6.9). É claro que até mesmo André sabia que cinco pães de cevada e dois peixinhos não seriam o suficiente para alimentar cinco mil pessoas, mas (a seu modo típico) ainda assim levou o menino a Jesus. O Senhor havia ordenado aos seus discípulos que alimentassem o povo, e André sabia que ele não daria uma ordem como essa sem torna-la possível de ser cumprida. Então, André fez o melhor que pôde. Identificou a única fonte de comida disponível e se certificou de que Jesus soubesse dela. Algo dentro dele parecia entender que nenhuma dádiva é insignificante nas mãos de Jesus. (Jo 6.10-13)

André parecia saber instintivamente que não estava desperdiçando o tempo de Jesus ao levar para ele uma oferta tão ínfima. Não é a grandeza de uma dádiva que conta, mas sim a grandeza do Deus a quem ele á ofertada. André preparou o caminho para o milagre.

É claro que, para servir a multidão, Jesus nem precisava do almoço daquele menino. Ele poderia ter criado alimento do nada com a mesma facilidade. No entanto, o modo como ele alimentou os cinco mil serve de ilustração para o modo como Deus sempre opera. Ele toma as dádivas sacrificiais e insignificantes de pessoas que contribuem fielmente e as multiplica de modo a realizar coisas monumentais.

3 – ELE ENXERGAVA O VALOR DO SERVIÇO DISCRETO.

Algumas pessoas não querem participara da equipe de cânticos a menos que possam tocar o bumbo. Essa era a tendência de Tiago e João. O mesmo valia para Pedro. Mas não era o caso de André. Em momento algum ele é citado como participante de grandes discussões. Estava mais preocupado em levar pessoas a Jesus do que com quem recebia crédito ou quem estava no poder. Não almejava a honra.

André é o retrato perfeito daqueles que trabalham em silêncio nos lugares humildes. (Ef 6.6) Ele não era  uma coluna impressionante como Pedro, Tiago e João. Era uma pedra mais humilde. Era uma daquelas pessoas raras dispostas a ficar em segundo lugar e dar apoio. Ele não se importava de ficar escondido, desde que o trabalho estivesse sendo realizado.

Essa é uma lição que muitos cristãos de hoje fazem bem em aprender. As escrituras nos alertam sobre os que querem ter proeminência (Tg 3.1, Mc 9.35). É preciso um tipo especial de pessoa para ser líder com um coração de servo. André era assim.

Ao que tudo indica, André jamais pregou para multidões ou fundou igrejas. Ele nunca escreveu uma carta. Não é mencionado no livro de Atos e nem em qualquer outra epístola.

Na verdade, a Bíblia não relata o que aconteceu a André depois de pentecostes. Seja qual for o papel que tenha desempenhado na igreja primitiva, ele permaneceu nos bastidores. A história diz que ele levou o evangelho para o norte (Rússia, Escócia). Acabou sendo crucificado na Acaia, sul da Grécia, próximo a Atenas.  Um historiador afirma que ele levou a cristo a esposa de um governador provincial romano, enfurecendo seu marido. Ele exigiu que sua esposa renunciasse à sua devoção a Jesus Cristo e ela se recusou. Então, o governador ordenou que André fosse crucificado.

Ele foi amarrado à cruz em vez de pregado a fim de prolongar o seu sofrimento (cruz em forma de X). Ele ficou pendurado durante dois dias, exortando aqueles que passavam por ele a buscar a salvação em Cristo. Depois de uma vida toda de ministério à sombra de seu irmão mais famoso e a serviço do Senhor, ele teve uma morte semelhante à de outro discípulo, permanecendo fiel e procurando levar as pessoas a Cristo até o fim.

Ele foi desprezado? Não. Ele foi privilegiado. Foi o primeiro a ouvir que Jesus era o cordeiro de Deus.  Foi o primeiro a seguir a Cristo. Foi parte do círculo íntimo e que teve mais acesso a Jesus.  Será gravado juntamente com os outros nas fundações da cidade eterna.

André nos deixa uma lição: em um ministério eficaz muitas vezes são as pequenas coisas que contam – as pessoas como indivíduos, as dádivas insignificantes e o trabalho discreto. Deus se compraz de tantas coisas.

(1 Co 1.27-29)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

LIÇÃO 2 – PEDRO O APÓSTOLO QUE FALAVA DEMAIS.


Lc 22.31-32
Ele se destacou como o líder e porta voz do grupo.  Juntamente com Tiago e João, Pedro fazia parte de um círculo mais íntimo de Jesus. Esses três são vistos com Jesus nos principais acontecimentos de seu ministério quando os outros apóstolos não estão presentes ou tão próximos.  Tal fato sugere que até mesmo um grupo relativamente pequeno, de doze, ainda é grande demais para uma pessoa manter  a mais próxima intimidade com cada membro do grupo.  Jesus manteve três homens perto dele.  Se Cristo, em sua perfeita humanidade, não podia oferecer quantias iguais de tempo e energia a todos quantos chamou para perto dele, nenhum líder deve esperar fazê-lo.
Pedro era afoito, agressivo, ousado e franco – falava antes de pensar.
Simão era um nome bastante comum. Há pelo menos sete nos relatos dos Evangelho. Entre os discípulos havia doze (Simão Pedro, Simão o Zelote). Jesus tinha um meio irmão chamado Simão (Mt 13.55).
O nome completo de Pedro era Simão Barjonas (Mt 16.17), que significava Simão, filho de Jonas (Jo 21.15-17). Mas Jesus lhe dá outro nome, Pedro (Lc 6.14). Pedro era uma espécie de apelido que significa rocha, em aramaico o termo é Cefas.
Pedro era impetuoso, inconstante e não confiável. Fazia promessas e não cumpria. Se atirava de cabeça em algo e depois abandonava sem concluir.  Jesus muda o seu nome para lembra-lo do que deveria ser.  Quando jesus o chamava de Simão isso significava que ele estava agindo de acordo com a sua antiga natureza, e quando o chamava de Pedro era um indicativo de como ele deveria ser.
Pedro era exatamente como a maioria dos cristãos – tanto carnal quanto espiritual.  Mas esse era o líder dos doze.
Simão Pedro era pescador profissional. Ele e seu irmão André tinham um comercio de pesca em Cafarnaum.  Apanhavam peixes no mar da Galiléia. Era casado (Lc 4.38, 1 Co 9.5).
Pedro era o líder do grupo e vemos que o próprio Cristo treinou Pedro para liderar. Quando olhamos para Pedro vemos como Deus constrói um líder.
O nome de Pedro é o segundo mais citado nos evangelhos, ninguém com tanta frequência se dirige ao Senhor como Pedro, nenhum discípulo censura Jesus a não ser Pedro (Mt 16.22). Ninguém foi mais repreendido por Jesus e declarou com mais ousadia quem era Jesus. Ninguém é mais elogiado do que Pedro por Jesus, mas ele foi o único chamado de Satanás. O Senhor tinha coisa mais duras a dizer para Pedro do que para qualquer outro discípulo.
Tudo isso contribui para fazer de Pedro o líder que Jesus queria que ele fosse.  Deus tomou um homem comum, com uma personalidade ambivalente, inconstante, impulsiva e insubmissa e o transforma em um líder firme como uma rocha – o maior pregador entre os apóstolos e a figura dominante nos doze primeiros capítulos de Atos.
Vamos analisar Pedro:
1 – A MATÉRIA PRIMA DO VERDADEIRO LÍDER.
 Há uma controvérsia quanto a liderança ser inata ou adquirida. Pedro é um forte argumento para crer que os líderes nascem com certos dons, mas que devem ser moldados e transformados em verdadeiros líderes.  Características de um líder presentes em Pedro:
1 – Curiosidade.
Um líder é alguém que faz perguntas. Pessoas que não são curiosas simplesmente não servem para ser bons líderes. A curiosidade é decisiva para a liderança. Pessoas que se satisfazem em continuar ignorantes a respeito daquilo que não sabem, que vivem com problemas e não buscam resolver, não podem ocupar posições de liderança. Os líderes precisam ter uma curiosidade insaciável. Precisam se pessoas famintas por respostas. Essa curiosidade se manifesta desde cedo.
Pedro faz mais perguntas do que qualquer outro dos apóstolos. Era ele quem pedia para o Senhor explicar as palavras mais difíceis.
Mt 15.15; Lc 12.41; Mt 18.21, Mt 19.27; Mc 11.21, Jo 21.20-22
2 – Iniciativa.
Um líder tem motivação, ambição e energia. Deve ser o tipo de pessoa que fazem as coisas acontecerem. É um iniciador. Pedro não só fazia perguntas, mas respondia às perguntas de Jesus.
Mt 16.13-15
Enquanto os outros discípulos ainda estavam pensando na resposta, Pedro foi ousado e categórico.  Essa é uma característica essencial dos grande líderes. Às vezes, ele teve que voltar atrás, retirar o que havia dito, retratar-se ou ser repreendido. Mas agarrava as oportunidades com unhas e dentes.
Quando os soldados romanos foram prender Jesus, e uma típica coorte romana era formada de seiscentos soldados, de modo que é bem possível que, naquele noite, houvesse centenas de soldados romanos prontos para lutar dentro e ao redor do lugar. Sem hesitar, Pedro puxa a espada e dá um golpe contra a cabeça de Malcon que se desvia e tema orelha decepada.
Lc 22.47-52
Apesar de uma impulsividade que não media as consequências,  Pedro possuía a matéria-prima da qual seria possível fazer um líder. É melhor trabalhar com um homem como esse do que com alguém passivo e hesitante.
3 – Envolvimento.
Os verdadeiros líderes estão sempre no meio da ação. Não ficam sentados nos bastidores. Ele está próximo, esta envolvido com o que esta acontecendo, é por isso que as pessoas o seguem. Não se pode seguir alguém que permanece distante. O verdadeiro líder indica o caminho. Ele vai à frente de seus seguidores na batalha.
Qual foi o discípulo que pulo do barco?
Mt 14.26-28
Antes que os outros se desse conta Pedro já tinha saído do barco e estava andando sobre as águas, os outros tiveram medo e ficaram no barco.
Mesmo quando negou a Jesus, Pedro e João foram os únicos que o acompanharam quando ele foi levado à casa do sumo sacerdote (Jo 18.15), e era o único que estava tão próximo que Jesus o fitou nos olhos. Quando todos haviam debandado ele tentou ficar o mais próximo possível do seu Senhor. Pedro não era o tipo de líder que se contentava em ficar à distância, tinha paixão pelo envolvimento pessoal, de modo que estava sempre próximo do centro de ação.
2 – AS EXPERIÊNCIAS DE VIDA QUE FORMAM O VERDADEIRO LÍDER.
Como Jesus refina Pedro?
Primeiro, permitiu que ele passasse por experiências de vida que fizessem dele o tipo de líder que Cristo desejava que fosse.  O Senhor o fez passar por três anos de provação e dificuldades para lhe dar toda uma vida de experiências do tipo que o verdadeiro líder deve suportar.
Alguns fatos:
Mt 16.16-23
Aprendeu que derrotas e humilhações muitas vezes veem depois de grandes vitórias. Em um momento Cristo chama Pedro de bem aventurado e logo depois o chama de Satanás.
3 – QUALIDADES DE CARÁTER QUE DEFINEM UM LÍDER.
Quais as características do caráter de Pedro que fizerem dele um líder?
Submissão: o verdadeiro líder não apenas exige submissão, ele é um verdadeiro exemplo de submissão. Pedro era impetuoso e um homem de iniciativa. Mas o Senhor o ensinou a ter submissão.
Mt 17
Pedro achou estranho o filho de Deus ter que pagar impostos para manutenção do templo. Jesus responde a Pedro que ele não seria obrigado a pagar o imposto, mas para que não provocasse escândalo ele o faria. Jesus dá aqui um exemplo de submissão humana a Pedro.
E Pedro aprendeu essa lição.
1 Pe 2.13-18
Pedro aprendeu isso de Cristo. Ele quis dizer que temos liberdade, mas que não deveríamos usar isso como pretexto para fazer o mal.
Domínio próprio: não é natural para os líderes terem domínio próprio, autocontrole, disciplina, moderação e a reserva não são necessariamente características daqueles que se encontram à frente de um grupo. É por isso que a ira e paixões incontidas são um problema de tantos líderes. Pedro tinha as mesmas tendências.
Esse foi um dos motivos pelos quais Pedro foi tão repreendido por Jesus, pois ele estava constantemente sendo ensinado a ter domínio próprio.  Quando ele corta a orelha do soldado romano ele é duramente repreendido por Jesus.
Mas ele aprendeu a lição.
1 Pe 2.21-23
Humildade: com frequência líderes são tentados a cair no pecado do orgulho. Na verdade, o pecado mais comum da liderança é se considerar maior do que se deve.  Quando as pessoas estão seguindo a sua liderança, elogiando, admirando e tomando-o como exemplo, é muito mais fácil ser tomado pelo orgulho.
Mas Pedro se torna um homem humilde.
1 Pe 5.5-6
Amor: todos os discípulos tiveram dificuldade de aprender que a verdadeira liderança espiritual significa servir uns aos outros em amor. O verdadeiro líder é alguém que serve, não alguém que exige ser servido.  Isso é difícil para muitos líderes, pois sua tendência é ver as pessoas como meios  para alcançar um fim. Normalmente, os líderes se voltam para os objetivos e não para as pessoas. Pedro precisou aprender que o verdadeiro líder ama e serve aqueles a quem lidera.
Mc 9.35
Mas Pedro aprendeu a amar.
1 Pe 4.8
1 Pe 5.8-10
Conclusão
Pedro se tornou o tipo de homem que Cristo queria.
Grande pregador (At 2.14-42), usado por Deus (At 3.1-10; 5.15-16, 9 36-42).
Pedro morre crucificado, foi forçado a assistir a crucificação de sua própria esposa,
O texto de 2 Pe 3.18 resume a vida de Pedro. Ele se tornou a Rocha – o grande líder da igreja primitiva.t




terça-feira, 4 de junho de 2013

LIÇÃO 1 - HOMENS COMUNS, CHAMADO INCOMUM.

1 Co 1.26-29

Desde o momento em que começou seu ministério público em Nazaré, Jesus foi motivo de enorme controvérsia.  O povo de sua própria comunidade, literalmente tentou mata-lo depois de sua primeira mensagem pública na sinagoga.

Lc 4.28-30
Mas Jesus se torna extremamente popular na Galileia.  Multidões passaram a segui-lo devido aos seus milagres.

Lc 5.1
Um dia Jesus teve que entrar em um barco e pregar dali devido à agressividade e quantidade de pessoas. Jesus fez exatamente o contrário de tudo o que poderia torna-lo mais popular ainda, pois passou a enfatizar justamente aquelas coisas que tornavam a sua mensagem mais controvertida. Ele pregou uma mensagem tão ousada, confrontante e de conteúdo tão ofensivo que a multidão se dissipou, ficando apenas os que eram mais devotos.

Jo 6.66-67
Entre estes estavam os doze. Eram doze homens comuns, sem nada de extraordinário. Mas a estratégia de Jesus girava em torno desses homens, ele resolveu avançar o seu reino por meio desses doze homens falíveis ao invés de usar a força das massas, do poder militar, da popularidade pessoal ou de uma campanha de relações públicas. Do ponto de vista humano, o futuro da igreja e o sucesso do Evangelho, a longo prazo, dependiam inteiramente da fidelidade desses homens. Não havia um plano B, caso fracassassem.
Cristo escolheu pessoalmente os doze e investiu a maior parte de suas energias neles. Jesus os escolheu antes que eles o escolhessem ( Jo 15.16). O processo de chama-los e selecioná-los começou em diferentes períodos.

1º Chamado – chamado à conversão.
Jo 1.35-51
Acontece perto do início do ministério de Jesus, próximo ao rio Jordão, onde João Batista ministrava.  Eles já eram discípulos de João Batista.  Esse chamado ilustra como todo discípulo é chamado. Devemos conhecer Jesus como verdadeiro Cordeiro de Deus e Senhor de tudo e aceita-lo pela fé.  Essa fase do chamado dos discípulos não sugere um discipulado em tempo integral. Eles continuaram com suas ocupações de período integral, ganhando o sustento por meio de empregos comuns.  Por isso, os vemos com frequência pescando e consertando as suas redes.

2º Chamado – chamado para o ministério.
Lc 5
Acontece no momento em que Jesus sai das margens do lago de Genesaré para escapar da pressão das multidões e ensina dentro do barco de Pedro. Após ensinar, ele instrui Pedro para ir para as águas profundas e lançar suas redes.
Pedro obedeceu, apesar de tudo ser contra:
1 – Não era a hora certa: era mais fácil pescar à noite,  quando as águas estavam mais frias e os peixes iam até a superfície para se alimentar.
2 – Não era o lugar certo: os peixes normalmente se alimentavam em águas mais rasas e era mais fácil pesca-los lá.
3 – Pedro estava exausto: ele pescou a noite toda sem sucesso.
A pescaria foi um sucesso, as redes romperam de tanto peixe e dois de seus barcos quase afundaram.
A partir dai os doze se tornam inseparáveis de Jesus.

3º chamado – para o apostolado.
Mt 10.1-4; Lc 6.12-16
O apostolado começou com um estágio. Cristo os envia para pregar. Eles são enviados de dois em dois (Mc 6.7). Neste estágio eles não estavam preparados para irem sozinhos, por isso iam em dupla para se apoiarem.
Nesta fase, o próprio Senhor se mantém bem próximo deles. Como uma mãe observando os seus filhos. Reportavam-se a ele com frequência, contando como estavam as coisas (Lc 9.10; 10.17). Depois de um período de trabalho evangelístico, voltaram-se para o Senhor e ficaram com ele por um período mais prolongado de ensinamentos, ministério, comunhão e descanso (Mc 6.30-34).

4º Chamado – para o martírio.
Após a ressurreição Jesus os chama para dar as suas vidas pelo evangelho.
Apesar dos obstáculos eles triunfaram, entraram na glória  vitoriosos.

O TEMPO
Lc 5.17
Nos mostra um momento em que a oposição a Jesus cresce e atinge o seu ápice. Jesus começa a enfrentar oposição da parte dos escribas e fariseus.
Em Lc 6.11 o conflito atinge o ápice, onde os líderes religiosos começam a querer destruir Jesus (Mt 12.14; Mc 3.6). É neste momento que Jesus escolhe os doze. Jesus já podia sentir os primeiros sinais de sua morte iminente. A essa altura, faltavam menos de dois anos para a crucificação. Por isso, ele começa a treinar pessoas para que sua obra na terra tenha continuidade. Os apóstolos seriam os seus representantes oficiais.
Jesus não escolhe um único rabino, nem escriba, nem fariseu, nem saduceu, nem sacerdote. Nenhum dos selecionados vinha de uma instituição religiosa. A escolha foi um julgamento contra o judaísmo institucionalizado. Ele selecionar pessoas que não eram treinadas em teologia – pescadores e coletor de impostos.
Os líderes religiosos eram hostis à mensagem do evangelho. Desprezavam as doutrinas da graça, rejeitavam o arrependimento, olhavam com desdém para o perdão, e repudiavam a fé que Jesus simbolizava.  Não aceitavam o fato de que Jesus era Deus em carne humana. A mensagem de Jesus era uma ameaça ao poder deles.

OS DOZE.
Os doze eram galileus e não a elite. Galileus eram camponeses de classe baixa e ignorantes.  Deus escolheu o humilde, o pequeno, o manso e o fraco para que não haja dúvida quanto à fonte de poder quando a vida dessas pessoas mudar o mundo. Não é o homem que conta, é a verdade de Deus e o poder de Deus.
Mas  ao serem escolhidos os apóstolos se tornam os verdadeiros líderes espirituais de Israel. Eles são os primeiros pregadores da nova aliança, se tornam o alicerce da igreja (Ef 2.20). Eles se tornaram grandes líderes espirituais e grandes pregadores sob o poder do espírito santo, mas não foi por causa de qualquer aptidão oratória inata, capacidade de liderança ou qualificação acadêmica, mas pelo poder da mensagem que pregaram.

O MESTRE.
Jesus escolhe os doze no momento em que percebe que sua morte esta para chegar. A partir desse momento o caráter do seu ministério muda.  Sua prioridade passa a ser o treinamento dos doze.
Como Jesus escolheu?
1 – Ele se afasta para ter comunhão com o Pai. Ele já sabia quem eram dos doze, mas ele orava por eles. (Lc 6)
2 – Jesus chama várias pessoas em um primeiro momento (Lc 6.13). Não chamou apenas os doze. Neste contexto, a palavra discípulo se refere aos seus seguidores de um modo geral. O termo em si significa “estudante, aprendiz”. Devia haver muitos discípulos, e dentre eles, Jesus escolheria os doze para serem os apóstolos.  Mas aos poucos as pessoa vão abandonando Jesus ao ouvirem suas duras mensagens (Lc 6.53-66).
Havia discípulos indo e vindo. Pessoas que se sentiam atraídas e depois ficavam desiludidas.
3 – Jesus escolhe doze. Por que doze? Porque havia 12 tribos de Israel. Mas Israel era apóstata. O Judaísmo do tempo de Jesus representava uma corrupção da fé do Antigo Testamento. Israel havia abandonado a graça divina em trona de uma religião de obras. Sua religião era legalista. Baseada na descendência de Abraão e não na fé de Abraão. Cristo nomeia uma nova liderança para uma nova aliança(Lc 22.29,30). Os apóstolos representavam um Israel novo, Israel foi condenado. Os doze apóstolos estavam no lugar da doze tribos. Eram prova viva de que o reino de Jesus estava prestes a se estabelecer.

A INCUMBÊNCIA
Mc 3.14, Lc 6, Lc 9.1
Os discípulos primeiro estiveram com Jesus e vários meses depois Jesus reúne os doze e lhes dá autoridade sobre os demônios e poder para curar enfermidades. Ele delega a eles seu poder de realiza milagres.
Os apóstolos tinham principalmente a missão de levar a mensagem do reino a Israel. Fundaram a igreja e desempenharam um papel importante de liderança à medida que a igreja primitiva começou a crescer e se espalhar, como também se tornaram os canais pelos quais seria transmitida a maior parte do Novo Testamento.
Eles foram a fonte da doutrina da igreja (At 42). Antes do Novo Testamento ser concluído, os ensinamentos dos apóstolos eram a única fonte de verdade sobre Cristo e a doutrina da igreja.
Ef 4.11,12.
Eles também foram exemplo de virtude (Ef 3.5). Foram os primeiros exemplos a serem imitados pelos crentes, hoje são exemplo de caráter e integridade.  Tinha um poder singular de realizar milagres que  confirmavam a sua mensagem.  Somente os apóstolos e aqueles intimamente ligados a eles tinham o poder
Hb 2.3-4/ 2 Co 12.12

O TREINAMENTO
Os discípulos abandonaram as suas funções, mas não ficaram desocupados. Tornaram-se estudantes, aprendizes de tempo integral – discípulos.  Foram treinados durante 18 meses. Tinham o exemplo permanente de Jesus diante deles. Podiam ouvir ensinamentos, fazer perguntas, observar como ele lidava com as pessoas gozar comunhão íntima com ele nos mais diversos contextos. Jesus lhes deu a oportunidade de ministrar, instruindo-os e enviando-os em missões especiais. Encorajou-os com bondade, corrigiu-os com amor e instruiu-os  com paciência.
Mas não foi fácil, dos doze tinha dificuldades de entendimento.
Mt 15.16,17, Lc 24.25
O fato de as Escrituras não encobrirem seus defeitos é significativo. O objetivo não é retratá-los  como supersantos, mas mostrar que eles também tinham fraquezas humanas.  Porque o aprendizado foi tão difícil para eles?
1 – Faltava-lhes entendimento espiritual. Eram lentos para ouvir em compreender.  Como Jesus lidou com isso? Ele simplesmente continuou ensinando.  Até mesmo depois da ressurreição. (At 1.3)
2 – Falta de humildade. Eram egoístas, egocêntricos, interesseiros e orgulhosos.  Passaram um tempo discutindo sobre quem seria o maior no reino (Mt 20.20-28). Como Jesus lidou com isso?  Ele foi um exemplo de humildade.  Lavou os seus pés, foi um modelo de servidão, humilhou-se a ponto de morrer na cruz.
3 – Faltava fé (Mt  6.30; 8.26; 14.31; 16.8).  Como Jesus lidou com isso?  Ele realizou milagres e maravilhas. (Jo 20.30)
4 – Faltava comprometimento.  Durante os milagres eles ficaram extasiados, mas quando Jesus foi preso, eles o abandonaram e fugiram. O líder acabou negando a Jesus e jurando que nem sequer o conhecia. O que jesus fez? Intercedeu por eles em oração (Jo 17).
5 – Faltava-lhes poder.  Sozinhos eles eram fracos e desamparados, especialmente ao serem confrontados pelo inimigo. Houve ocasiões em que tentaram, mas não conseguiram expulsar demônios, a falta de fé os incapacitava a utilizar o poder que estava a disposição deles.  O que Jesus fez? No dia de Pentecostes Jesus lhes envia o Espírito Santo para habitar nele e lhes dá poder. (At 1.8)
Esses homens são transformados. (At 4.13)