terça-feira, 4 de junho de 2013

LIÇÃO 1 - HOMENS COMUNS, CHAMADO INCOMUM.

1 Co 1.26-29

Desde o momento em que começou seu ministério público em Nazaré, Jesus foi motivo de enorme controvérsia.  O povo de sua própria comunidade, literalmente tentou mata-lo depois de sua primeira mensagem pública na sinagoga.

Lc 4.28-30
Mas Jesus se torna extremamente popular na Galileia.  Multidões passaram a segui-lo devido aos seus milagres.

Lc 5.1
Um dia Jesus teve que entrar em um barco e pregar dali devido à agressividade e quantidade de pessoas. Jesus fez exatamente o contrário de tudo o que poderia torna-lo mais popular ainda, pois passou a enfatizar justamente aquelas coisas que tornavam a sua mensagem mais controvertida. Ele pregou uma mensagem tão ousada, confrontante e de conteúdo tão ofensivo que a multidão se dissipou, ficando apenas os que eram mais devotos.

Jo 6.66-67
Entre estes estavam os doze. Eram doze homens comuns, sem nada de extraordinário. Mas a estratégia de Jesus girava em torno desses homens, ele resolveu avançar o seu reino por meio desses doze homens falíveis ao invés de usar a força das massas, do poder militar, da popularidade pessoal ou de uma campanha de relações públicas. Do ponto de vista humano, o futuro da igreja e o sucesso do Evangelho, a longo prazo, dependiam inteiramente da fidelidade desses homens. Não havia um plano B, caso fracassassem.
Cristo escolheu pessoalmente os doze e investiu a maior parte de suas energias neles. Jesus os escolheu antes que eles o escolhessem ( Jo 15.16). O processo de chama-los e selecioná-los começou em diferentes períodos.

1º Chamado – chamado à conversão.
Jo 1.35-51
Acontece perto do início do ministério de Jesus, próximo ao rio Jordão, onde João Batista ministrava.  Eles já eram discípulos de João Batista.  Esse chamado ilustra como todo discípulo é chamado. Devemos conhecer Jesus como verdadeiro Cordeiro de Deus e Senhor de tudo e aceita-lo pela fé.  Essa fase do chamado dos discípulos não sugere um discipulado em tempo integral. Eles continuaram com suas ocupações de período integral, ganhando o sustento por meio de empregos comuns.  Por isso, os vemos com frequência pescando e consertando as suas redes.

2º Chamado – chamado para o ministério.
Lc 5
Acontece no momento em que Jesus sai das margens do lago de Genesaré para escapar da pressão das multidões e ensina dentro do barco de Pedro. Após ensinar, ele instrui Pedro para ir para as águas profundas e lançar suas redes.
Pedro obedeceu, apesar de tudo ser contra:
1 – Não era a hora certa: era mais fácil pescar à noite,  quando as águas estavam mais frias e os peixes iam até a superfície para se alimentar.
2 – Não era o lugar certo: os peixes normalmente se alimentavam em águas mais rasas e era mais fácil pesca-los lá.
3 – Pedro estava exausto: ele pescou a noite toda sem sucesso.
A pescaria foi um sucesso, as redes romperam de tanto peixe e dois de seus barcos quase afundaram.
A partir dai os doze se tornam inseparáveis de Jesus.

3º chamado – para o apostolado.
Mt 10.1-4; Lc 6.12-16
O apostolado começou com um estágio. Cristo os envia para pregar. Eles são enviados de dois em dois (Mc 6.7). Neste estágio eles não estavam preparados para irem sozinhos, por isso iam em dupla para se apoiarem.
Nesta fase, o próprio Senhor se mantém bem próximo deles. Como uma mãe observando os seus filhos. Reportavam-se a ele com frequência, contando como estavam as coisas (Lc 9.10; 10.17). Depois de um período de trabalho evangelístico, voltaram-se para o Senhor e ficaram com ele por um período mais prolongado de ensinamentos, ministério, comunhão e descanso (Mc 6.30-34).

4º Chamado – para o martírio.
Após a ressurreição Jesus os chama para dar as suas vidas pelo evangelho.
Apesar dos obstáculos eles triunfaram, entraram na glória  vitoriosos.

O TEMPO
Lc 5.17
Nos mostra um momento em que a oposição a Jesus cresce e atinge o seu ápice. Jesus começa a enfrentar oposição da parte dos escribas e fariseus.
Em Lc 6.11 o conflito atinge o ápice, onde os líderes religiosos começam a querer destruir Jesus (Mt 12.14; Mc 3.6). É neste momento que Jesus escolhe os doze. Jesus já podia sentir os primeiros sinais de sua morte iminente. A essa altura, faltavam menos de dois anos para a crucificação. Por isso, ele começa a treinar pessoas para que sua obra na terra tenha continuidade. Os apóstolos seriam os seus representantes oficiais.
Jesus não escolhe um único rabino, nem escriba, nem fariseu, nem saduceu, nem sacerdote. Nenhum dos selecionados vinha de uma instituição religiosa. A escolha foi um julgamento contra o judaísmo institucionalizado. Ele selecionar pessoas que não eram treinadas em teologia – pescadores e coletor de impostos.
Os líderes religiosos eram hostis à mensagem do evangelho. Desprezavam as doutrinas da graça, rejeitavam o arrependimento, olhavam com desdém para o perdão, e repudiavam a fé que Jesus simbolizava.  Não aceitavam o fato de que Jesus era Deus em carne humana. A mensagem de Jesus era uma ameaça ao poder deles.

OS DOZE.
Os doze eram galileus e não a elite. Galileus eram camponeses de classe baixa e ignorantes.  Deus escolheu o humilde, o pequeno, o manso e o fraco para que não haja dúvida quanto à fonte de poder quando a vida dessas pessoas mudar o mundo. Não é o homem que conta, é a verdade de Deus e o poder de Deus.
Mas  ao serem escolhidos os apóstolos se tornam os verdadeiros líderes espirituais de Israel. Eles são os primeiros pregadores da nova aliança, se tornam o alicerce da igreja (Ef 2.20). Eles se tornaram grandes líderes espirituais e grandes pregadores sob o poder do espírito santo, mas não foi por causa de qualquer aptidão oratória inata, capacidade de liderança ou qualificação acadêmica, mas pelo poder da mensagem que pregaram.

O MESTRE.
Jesus escolhe os doze no momento em que percebe que sua morte esta para chegar. A partir desse momento o caráter do seu ministério muda.  Sua prioridade passa a ser o treinamento dos doze.
Como Jesus escolheu?
1 – Ele se afasta para ter comunhão com o Pai. Ele já sabia quem eram dos doze, mas ele orava por eles. (Lc 6)
2 – Jesus chama várias pessoas em um primeiro momento (Lc 6.13). Não chamou apenas os doze. Neste contexto, a palavra discípulo se refere aos seus seguidores de um modo geral. O termo em si significa “estudante, aprendiz”. Devia haver muitos discípulos, e dentre eles, Jesus escolheria os doze para serem os apóstolos.  Mas aos poucos as pessoa vão abandonando Jesus ao ouvirem suas duras mensagens (Lc 6.53-66).
Havia discípulos indo e vindo. Pessoas que se sentiam atraídas e depois ficavam desiludidas.
3 – Jesus escolhe doze. Por que doze? Porque havia 12 tribos de Israel. Mas Israel era apóstata. O Judaísmo do tempo de Jesus representava uma corrupção da fé do Antigo Testamento. Israel havia abandonado a graça divina em trona de uma religião de obras. Sua religião era legalista. Baseada na descendência de Abraão e não na fé de Abraão. Cristo nomeia uma nova liderança para uma nova aliança(Lc 22.29,30). Os apóstolos representavam um Israel novo, Israel foi condenado. Os doze apóstolos estavam no lugar da doze tribos. Eram prova viva de que o reino de Jesus estava prestes a se estabelecer.

A INCUMBÊNCIA
Mc 3.14, Lc 6, Lc 9.1
Os discípulos primeiro estiveram com Jesus e vários meses depois Jesus reúne os doze e lhes dá autoridade sobre os demônios e poder para curar enfermidades. Ele delega a eles seu poder de realiza milagres.
Os apóstolos tinham principalmente a missão de levar a mensagem do reino a Israel. Fundaram a igreja e desempenharam um papel importante de liderança à medida que a igreja primitiva começou a crescer e se espalhar, como também se tornaram os canais pelos quais seria transmitida a maior parte do Novo Testamento.
Eles foram a fonte da doutrina da igreja (At 42). Antes do Novo Testamento ser concluído, os ensinamentos dos apóstolos eram a única fonte de verdade sobre Cristo e a doutrina da igreja.
Ef 4.11,12.
Eles também foram exemplo de virtude (Ef 3.5). Foram os primeiros exemplos a serem imitados pelos crentes, hoje são exemplo de caráter e integridade.  Tinha um poder singular de realizar milagres que  confirmavam a sua mensagem.  Somente os apóstolos e aqueles intimamente ligados a eles tinham o poder
Hb 2.3-4/ 2 Co 12.12

O TREINAMENTO
Os discípulos abandonaram as suas funções, mas não ficaram desocupados. Tornaram-se estudantes, aprendizes de tempo integral – discípulos.  Foram treinados durante 18 meses. Tinham o exemplo permanente de Jesus diante deles. Podiam ouvir ensinamentos, fazer perguntas, observar como ele lidava com as pessoas gozar comunhão íntima com ele nos mais diversos contextos. Jesus lhes deu a oportunidade de ministrar, instruindo-os e enviando-os em missões especiais. Encorajou-os com bondade, corrigiu-os com amor e instruiu-os  com paciência.
Mas não foi fácil, dos doze tinha dificuldades de entendimento.
Mt 15.16,17, Lc 24.25
O fato de as Escrituras não encobrirem seus defeitos é significativo. O objetivo não é retratá-los  como supersantos, mas mostrar que eles também tinham fraquezas humanas.  Porque o aprendizado foi tão difícil para eles?
1 – Faltava-lhes entendimento espiritual. Eram lentos para ouvir em compreender.  Como Jesus lidou com isso? Ele simplesmente continuou ensinando.  Até mesmo depois da ressurreição. (At 1.3)
2 – Falta de humildade. Eram egoístas, egocêntricos, interesseiros e orgulhosos.  Passaram um tempo discutindo sobre quem seria o maior no reino (Mt 20.20-28). Como Jesus lidou com isso?  Ele foi um exemplo de humildade.  Lavou os seus pés, foi um modelo de servidão, humilhou-se a ponto de morrer na cruz.
3 – Faltava fé (Mt  6.30; 8.26; 14.31; 16.8).  Como Jesus lidou com isso?  Ele realizou milagres e maravilhas. (Jo 20.30)
4 – Faltava comprometimento.  Durante os milagres eles ficaram extasiados, mas quando Jesus foi preso, eles o abandonaram e fugiram. O líder acabou negando a Jesus e jurando que nem sequer o conhecia. O que jesus fez? Intercedeu por eles em oração (Jo 17).
5 – Faltava-lhes poder.  Sozinhos eles eram fracos e desamparados, especialmente ao serem confrontados pelo inimigo. Houve ocasiões em que tentaram, mas não conseguiram expulsar demônios, a falta de fé os incapacitava a utilizar o poder que estava a disposição deles.  O que Jesus fez? No dia de Pentecostes Jesus lhes envia o Espírito Santo para habitar nele e lhes dá poder. (At 1.8)
Esses homens são transformados. (At 4.13)






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