Adoração
Introdução
Bons relacionamentos
sempre são construídos sobre duas bases: identidade e adoração. Se o nosso
relacionamento não for construído sobre esses dois alicerces ele vai ruir. Esses alicerces não são
aquilo que fazemos ou dizemos, pois os nossos corações estão sempre conosco e
ele molda as nossas interações com os outros. Se o alicerce do nosso coração
for sólido e estiver fundamentado na verdade, no plano e no propósito de Deus
para nós, então seremos capazes de construir relacionamentos saudáveis e que
honrem a Deus apesar de sermos pessoa falhas que vivem num mundo danificado.
Por outro lado, uma comunidade danificada é sempre resultado de um alicerce
danificado.
Identidade = não se
trata do nome, CPF, RG. Mas a como você se define – quais talentos, qualidades,
experiências, conquistas, alvos, crenças, relacionamentos e sonhos você utiliza
para dizer: “isto é quem sou”.
Adoração = não estamos
falando da liturgia do culto. Mas pelo
fato de sermos seres humanos, sempre existe algum desejo, alvo, tesouro,
propósito, valor ou anseio que controla o seu coração.
Quando vivemos de
acordo com a percepção bíblica de quem nós somos (identidade), confiamos
naquilo que Deus é (adoração), ai somos capazes de construir relacionamentos
saudáveis. O que você acredita e
faz em relação a essas duas coisas determinará a forma pela qual você conviverá
com as pessoas que Deus colocou em sua vida. Toda a vida é vivida a partir
dessas bases: o que acreditamos a respeito de Deus, e o que acreditamos a
respeito de nós mesmos.
A identidade que eu
atribuo a mim mesmo sempre refletirá na forma com a qual eu respondo a você. Por exemplo, se eu
disser a mim mesmo que sou mais inteligente do que você, dificilmente aceitarei
um conselho seu. A nossa percepção de
identidade sempre determinará a qualidade dos meus relacionamentos.Adão e Eva comeram do
fruto proibido porque se esqueceram da identidade que Deus lhes deu, a
identidade de filhos de Deus que deviam viver dentro dos limites de Deus, não
cabia a eles tomarem atitudes de forma independente.
Pessoas que se
esqueceram de suas identidades:
Sara e Abraão –
tentaram cumprir a promessa de Deus do seu próprio jeito.
Israel como nação – se
esqueceu que era o povo escolhido de Deus, temeu as nações em sua volta, se
casaram com suas filhas e adoraram seus ídolos.
Saul – se esqueceu que
era um rei terrestre, representante do rei celestial e confiscou os bens de guerra em vez de oferece-los a Deus.
Os discípulos – se
esqueceram que foram eleitos os mordomos do trabalho do reino do messias e por
isso se esconderam de medo enquanto o messias ia para morte.
Pedro – se esqueceu de
sua identidade como mensageiro do Evangelho para todas as nações e sucumbiu à
pressão dos cristãos judeus e rejeitou os irmãos gentios.
Pessoas que não se
esqueceram de sua identidade:
- Moisés: se lembrou de quem era, o líder o povo de
Deus e podia contar com o poder de Deus,
e atravessou o mar vermelho.
- Davi: corajosamente
enfrentou Golias.
- Sadraque, Mesaque e
Abednego que se recusaram a adorar a imagem de Nabucodonosor.
- Paulo e Silas:
Cantaram hinos na prisão de Filipos.
Nós também conseguimos,
se nos lembrarmos que o nosso bem-estar e liberdade estão nas mãos do Deus
Todo-Poderoso, que é nosso pai. Grande parte do drama do povo de Deus é um
drama de identidade. Quando vivemos com uma
percepção de quem somos em Cristo, vivemos a nossa vida baseado em tudo que
recebemos por meio de Cristo. Assim, não vivemos à procura de receber essas
coisas das pessoas e situações da vida.
Textos provas: Cl 1.21-23; 1 Pe
2.9-12; 1 Jo 3.1-3; Hb 10.19-25
Grande parte das nossas
decepções e mágoas resultam das nossas tentativas de extrairmos dos nossos
relacionamentos algo que já temos em Cristo. Nenhuma pessoa foi criada para ser
a fonte de satisfação e felicidade pessoal de outra. Nenhum pecador é capaz de
realizar tal proeza. Sua esposa, filhos
e amigos não podem ser a fonte da sua identidade, se isso acontecer, você
estará pedindo ao um pecador que seja o seu messias. Só quando buscamos a nossa
identidade no lugar certo é que conseguimos colocar as pessoas com quem nos
relacionamos no lugar certo. Qual o
resultado disso? Críticas, frustrações, decepções, ira e desilusão. Não pelo
fato de a outra pessoa ser pecadora, mas pelo fato de ela não ter me dado
aquilo que busquei nela: a minha identidade.
2 – Adoração.
Aqui não estamos
falando apenas das atividades religiosas formais praticadas na igreja. Adoração
tem a ver com aquilo que me governa.
Mt 6.19-24
Todos nós vivemos em
função de algum tipo de tesouro, o que decidimos que é valioso é que controla
os nossos corações. Como perceber isso? Quando recebemos algo que julgamos ser
valioso ficamos felizes, quando não recebemos ficamos tristes e
frustrados. Aquilo que controla o nosso
coração, controla o nosso comportamento.
O amor e estima verdadeiros por outras pessoas provém da nossa adoração
Você tem dificuldade em
ver a ligação entre os dois?
Meios para identificar
o vínculo:
1 – Para amar ao
próximo como devo, preciso adorar a Deus como criador.
Sl 139.13-16
Se não entendermos a
sábia obra do criador, isso afetará o modo como enxergamos o nosso
próximo. Deus quer que nos lembremos que
forma as Suas mãos que moldaram tudo o que existe. Não há erros na criação. O formato do queixo
da pessoa, do seu nariz, o seu tamanho, o seu cabelo, a sua pela, o timbre de
voz, o jeito de andar, tudo isso foi feito por um Criador sábio. A pessoa é a
criatura que ela é por causa o lindo plano de Deus.
Muitas vezes adoramos a
Deus como criador no domingo e amaldiçoamos a sua criação na semana. Fazemos
isso sempre que ficamos insatisfeitos com a maneira como ele criou as pessoas
com quem nos relacionamos. Quando
fazemos isso, deixamos de adorar a Deus como criador, tentamos subir em seu
trono e fazer de tudo para recriar a pessoa à nossa própria imagem. Isso sempre
leva à frustração e ao fracasso.
Você está frustrado com
o nariz do seu cônjuge, com os seios de sua esposa, com os cabelos brancos que
surgem, com a falta de cabelo? Você não gosta de pessoas tímidas, ou
extrovertidas? Só se aproxima de pessoas que tem uma conversa intelectual, ou
de pessoas com conversas clichê? Será
que você não está tentando modelar a pessoa à sua imagem e deixando de adorar
àquele que a criou desta maneira?
2 – Para amar ao
próximo, precisamos adorar a Deus como soberano.
At 17.26
Todos nós sabemos que
as nossas vidas não irão se desenvolver conforme planejamos. Não fomos nós que
escrevemos a nossa própria história, nossa história foi escrita por Deus. É por
isso que a minha história é diferente da sua. Foi Deus quem determinou com
precisão onde cada um de nós iria nascer, quais os pais que iriam nos criar e
qual a cultura que deveríamos viver. E
essa história é perfeita. A pessoa que
você é e a sua maneira de responder à vida foi moldada pelas escolhas soberanas
de Deus e pelas suas reações à história que ele escreveu para você.
E mais ele determinou
que você se envolvesse em relacionamentos e situações que você vive. O que é um relacionamento?é um lugar onde
duas pessoas se cruzam. Seu eu deixar de adorar a Deus como soberano eu vou
achar que a minha família é melhor, que a minha cultura é melhor, que a minha
história é melhor, e mais uma vez criar o outro à minha imagem. E ficarei mais uma vez frustrado.
As pessoas que Deus
colocou em sua vida, ele as colocou para o seu bem, para moldá-lo à imagem de
Cristo.
3 – Para amar ao
próximo precisamos adorar a Deus como Salvador.
Adorar a Deus como
Salvador significa reconhecer que sou um pecador que vivem em relacionamentos
com outros pecadores. Não podemos nos
esquecer que o outro também está em meio ao processo de redenção divina. Deus
ainda está transformando o coração da outra pessoa. Nunca teremos um
relacionamento como uma pessoa perfeita.
Quando nos esquecemos disso nos tornamos hipócritas, impacientes,
críticos e julgadores. Eu cedo à
tentação de querer ser Deus e de transformá-lo de forma que só Deus pode.
Quando deixamos de
adorar a Deus como salvador, deixamos de levar a sério o nosso próprio pecado e
voltamos a nossa atenção para o pecado do outro. Quando você é atingido pelo pecado de outra
pessoa, você precisa permitir que Deus te use como instrumento em suas mãos
redentoras e não querer transformar aquela pessoa por meio do seu próprio
esforço. Só Deus pode fazer essas coisas.
Conclusão
Bons relacionamentos
estão calcados em identidade e adoração.
Somente quando me lembro de quem sou quando adoro a Deus é que sou capaz
de lhe oferecer um amor paciente, gentil, esperançoso e corajoso.
Quando vivemos com uma
percepção de quem somos em Cristo, vivemos a nossa vida baseado em tudo que
recebemos por meio de Cristo. Assim, não vivemos à procura de receber essas
coisas das pessoas e situações da vida.
Textos provas: Cl 1.21-23; 1 Pe
2.9-12; 1 Jo 3.1-3; Hb 10.19-25
Grande parte das nossas
decepções e mágoas resultam das nossas tentativas de extrairmos dos nossos
relacionamentos algo que já temos em Cristo. Nenhuma pessoa foi criada para ser
a fonte de satisfação e felicidade pessoal de outra. Nenhum pecador é capaz de
realizar tal proeza. Sua esposa, filhos e
amigos não podem ser a fonte da sua identidade, se isso acontecer, você estará
pedindo ao um pecador que seja o seu messias. Só quando buscamos a nossa
identidade no lugar certo é que conseguimos colocar as pessoas com quem nos
relacionamos no lugar certo. Qual o
resultado disso? Críticas, frustrações, decepções, ira e desilusão. Não pelo
fato de a outra pessoa ser pecadora, mas pelo fato de ela não ter me dado
aquilo que busquei nela: a minha identidade.
O
que Deus tem a dizer sobre nossas palavras?
1
– Nossas palavras tem poder.
Pv
12.18; Pv 18.21; Pv 26.28;
Nossas palavras tem um
poder destrutivo ou construtivo, promovem vida ou promovem morte. Elas sempre produzem algum fruto.
Frutos de vida =
conforto, encorajamento, esperança, compreensão, unidade e alegria.
Frutos de morte = medo,
desânimo, falsidade, divisão e tristeza.
2
– As nossas palavras pertencem ao Senhor.
Gn 1 deixa claro que as
primeiras palavras foram ditas por Deus. A linguagem não é uma invenção humana que
pode ser usada para servir aos nossos interesses, ou seja, a nossa capacidade
de falar foi dada por Deus e existe para a Sua glória. As palavras nos separam
do resto da criação e nos fazem sermos mais parecidos com Deus. Não devemos
usar as palavras como bem entendemos, mas devem ser usadas para refletirem o
caráter de Deus.
Usamos as palavras
indevidamente quando fofocamos, murmuramos, criticamos sem amor, ofendemos,
gritamos, xingamos, usamos as palavras como se elas fossem criação nossa.
Mt 12.36-37
3
– O mundo das conversas é um mundo de problemas.
Tg 3.2
Se formos sinceros,
vamos admitir que palavras já danificaram tanto quanto ajudaram nos
relacionamentos. Nossas palavras são os
indicadores mais evidentes da necessidade que temos da graça de Deus. Tiago diz
que se fossemos perfeitos nessa área, seriamos em todas as outras. As palavras revelam quem
realmente somos.
4
– Os problemas das palavras são problemas do coração.
Lc 6.45
Se o pensamento, a
atitude, o desejo, o sentimento ou o propósito não estivessem em nossos
corações, nunca o que sai dos nossos lábios teria saído. Deus quer que sejamos os donos da conexão
entre os nossos pensamentos, desejos e palavras. O verdadeiro problema da nossa
comunicação é que nós dizemos o que queremos dizer, e isso não tem nada a ver
com habilidades linguísticas. Portanto, se quisermos transformar a nossa
maneira de falarmos uns com os outros o nosso coração precisa, primeiramente,
ser transformado.
Como,
então deve ser a nossa comunicação?
1º
- A nossa comunicação não deve buscar atender aos nossos interesses, mas aos
interesses de Deus.
2 Co 5.15,20
Nossa missão é
representar o nosso rei, nossas palavras são determinadas pelos interesses e
pela vontade do rei. O que o nosso rei quer operar? Reconciliação.
Deus quer nos
transformar em pessoas que estão mais interessadas naquilo que ele quer para
nós do que naquilo que nós mesmos queremos para nós. Ele que nos livrar dos nossos desejos
escravizadores. Ele nos chama para que falemos mantendo em vista o seu
propósito de reconciliação.
Infelizmente, perdemos
de vista a reconciliação pelos motivos mais variados: elogiamos as pessoas
porque queremos que elas gostem de nós,
deixamos de falar toda a verdade para evitarmos um conflito, gritamos
com as pessoas porque queremos controla-las, queremos ter a ultima palavra em
tudo. Muitas vezes buscamos fazer com que as nossas palavras nos façam os
centros das atenções. Elas buscam os interesses do nosso reino e não do reino
de Deus.
Quando as nossa
palavras refletem os desejos de um coração voltado para si e não para a obra
reconciliadora de Deus, não haverá fim para a nossa luta.
Como
um embaixador deve falar?
Ef 4.29-30
b)
O embaixador leva em consideração a pessoa. (Unicamente o que for bom para a
edificação).
Comunicação saudável é
a comunicação que se concentra no outro.
Paulo diz que nunca devemos dizer algo que não seja de ajuda para o
outro. Já que o foco de Deus é transformar o outro à usa imagem, nós devemos
falar de maneira que edifique o próximo.
E não importa apenas o que eu digo, mas como é dito. Devemos ter um
propósito redentivo em nossas conversar, tudo o que falamos deve ter como
finalidade edificar o outro. Nossas palavras nunca podem ser obstáculo para a
obra de Deus.
c)
O embaixador leva em consideração o problema (Conforme a sua necessidade).
Devemos sempre nos
perguntar: qual é o problema neste momento? Antes de falar, preciso refletir
sobre a sua maior necessidade. Do que a pessoa precisa? Encorajamento, consolo,
esperança, orientação, sabedoria, coragem, repreensão, advertência, perdão,
paciência, ensinamento, correção, agradecimento, discernimento. Devemos buscar descobrir qual é a verdadeira
necessidade da pessoa.
d)
O embaixador leva em consideração o processo (que possa beneficiar aos que
ouvem).
Isso significa que
preciso me concentrar na melhor forma de dizer aquilo que precisa ser dito. A
comunicação deve se preocupar com o conteúdo e com a forma. Muitas vezes falamos a coisa certa da forma
errada e na hora errada. Mas tanto o processo quanto o conteúdo precisa
beneficiar a pessoa.
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